Feira de Santana

Familiares de pacientes que precisam de cirurgias apelam para conseguir atendimento médico

Familiares participaram ao vivo do programa Acorda Cidade em busca de ajuda.

Rachel Pinto

Familiares de pacientes que precisam de cirurgias e atendimento médico de urgência procuraram o programa Acorda Cidade (102.1 FM), na manhã desta quinta-feira (28), para relatar a situação em que estão vivendo e fizeram um apelo das autoridades para que providências sejam tomadas.

Regineide Almeida dos Santos, que é irmã do paciente Dermerval Almeida dos Santos de 43 anos, contou que ele sofreu um grave acidente no dia 17 de outubro na Avenida Rio de Janeiro em Feira de Santana, encontra-se internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), e precisa com urgência de uma regulação para Salvador, para fazer o tratamento de uma perna que ficou esfacelada após o acidente.

Demerval também teve um braço amputado e segundo sua irmã, não obteve assistência da outra parte envolvida no acidente. Regineide afirmou que teme pela saúde do irmão e que não entende o motivo de tanta demora em conseguir a regulação.

“Essa regulação precisa ser feita com urgência. Eu já fui à ouvidoria do hospital, já falei com a assistente social e já procurei o Ministério Público. Estou clamando para conseguir ajuda para meu irmão ter o tratamento. Ele é um pai de família, foi vítima de uma irresponsabilidade no trânsito”, lamentou.

Resposta do HGCA

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira informou ao Acorda Cidade que o paciente teve um ferimento no braço e foi tratado no Clériston, mas posteriormente teve uma infecção no local e, por isso, saiu da fila de regulação para que a infecção fosse tratada, o que já foi feito e o paciente voltou para a fila de regulação. Ele acredita que até a próxima semana o paciente consiga a transferência.

Outro caso

A dona de casa Rosineide Silva de Jesus, também apelou para conseguir uma cirurgia oftalmológica para seu esposo Luciano Xavier de Lima. De acordo com ela, ele tem 49 anos e devido a complicações do diabetes está com um problema sério de visão e glaucoma. Ele perdeu a visão de um olho e tem grande risco de perder o do outro também. Rosineide declarou que a cirurgia que o marido precisa não é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e custa 16 mil reais.

Ela comentou que não tem condições de arcar com as despesas e por isso entrou com uma ação na Defensoria Pública para conseguir um medicamento para o marido e também a realização da cirurgia. O medicamento que possibilita que ele aguarde a realização da cirurgia foi negado e ela agora corre contra o tempo pra conseguir o procedimento cirúrgico.

“Já não aguento mais andar, não sei mais o que fazer. Meu marido tem 49 anos e pode perder completamente a visão. Estou pedindo socorro. Todos os dias eu vou à Defensoria Pública com o relatório médico e o orçamento atualizado e não consigo um retorno. Eu procurei a justiça para conseguir a liberação dessa cirurgia e até o momento não consegui nada”, acrescentou.

Resposta da Secretaria Municipal

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Programação Pactuada Integrada – PPI/BA/2010 – não disponibiliza recursos para subsidiar o implante de válvula Ahmed em pacientes com a situação do senhor Luciano Xavier de Lima.

"Tendo em vista a efetiva necessidade, e até mesmo a indispensabilidade da cirurgia indicada, a Secretaria fez recomendações para a Defensoria Pública Estadual no sentido de que o Governo da Bahia, ou a União, promova a regulação, com máxima urgência, para o procedimento cirúrgico necessário ao cidadão", informou por meio de nota. 

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