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A pele é uma das partes mais sensíveis do nosso corpo. Apesar do rosto sofrer mais com a exposição ao sol e a outros fatores que podem prejudicar a saúde da derme, toda a extensão da pele também merece atenção e cuidado.
Saiba o que pode haver por trás dos tipos mais comuns de manchas na pele e quais são os tratamentos mais indicados para cada quadro.
Melasma
O melasma é uma hiperpigmentação (ou seja, um escurecimento) por conta da liberação desequilibrada de melanina. Surge principalmente no rosto – apesar de poder acometer regiões como braços, colo e pescoço – e as manchas possuem colorações que vão do castanho claro ao marrom escuro. Entre as principais causas estão a exposição desprotegida ao sol, exposição intensa à luz artificial, alterações hormonais, uso de anticoncepcionais e predisposição genética. O uso do protetor solar é indispensável para evitar o aparecimento do melasma. O tratamento é feito sob supervisão médica, e pode incluir o uso de cremes, peeling, tratamento a laser e ingestão de vitaminas.
“A maior prevenção para o melasma é a proteção solar adequada, com uso de filtros solares específicos para o rosto. Podem ser utilizados já em mulheres jovens”, afirma a Dra. Juliana Toma, médica dermatologista da UNIFESP, pós-graduada em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês.
Manchas de sol
Também estimuladas pela exposição desprotegida aos raios ultravioletas solares, as manchas de sol possuem tons acastanhados variados, e acometem não só o rosto mas também áreas como ombro, colo, mãos e braços. O uso de filtro solar diariamente (mesmo em dias nublados e sem sol) é a melhor prevenção. O tratamento para as manchas de sol inclui o uso de cremes e ácidos clareadores, peeling, crioterapia e luz intensa pulsada.
Manchas vermelhas
As manchas vermelhas precisam de uma investigação bastante acurada, pois podem significar desde doenças de pele como dermatite e rosácea até alergias cutâneas. As manchas vermelhas pioram com a exposição ao sol e calor e também após o uso de produtos tópicos ou a ingestão de alimentos – no caso das manchas causadas por alergias. O tratamento é realizado após o diagnóstico dermatológico, e varia entre o uso de medicamentos antialérgicos, produtos tópicos para diminuir a inflamação da pele e até mesmo o uso de luz pulsada intensa. Tudo vai variar conforme o quadro clínico.
Manchas de limão (fitofotodermatites)
Aquele deslize que quase todo mundo já cometeu: tomar alguma bebida ou preparar algum alimento à base de frutas cítricas e depois se expor ao sol. Os respingos de limão presentes na pele, quando expostos ao sol, resultam em manchas na certa. Prevenir nesse caso é essencial: ao manusear alimentos cítricos lave muito bem as mãos ou qualquer outra parte do corpo que tenha entrado em contato com a substância. O tratamento é realizado com o uso de cremes ou pomadas clareadoras indicadas pelo dermatologista.
Manchas brancas
As manchas brancas, também conhecidas popularmente como “pano branco”, são causadas por um fungo que surge naturalmente na pele. Esse tipo de micose – pitiríase versicolor – pode surgir em qualquer parte do corpo, mas é mais comum em áreas mais quentes e oleosas como costas, tórax, colo e até mesmo o couro cabeludo. Ela causa coceira e descamação, e tem como principais causas a má higiene, a predisposição genética e o excesso de oleosidade. O tratamento é realizado com cremes antifúngicos.
Importante lembrar que a automedicação pode agravar o quadro, piorando as manchas e até mesmo tornando sua permanência na pele irreversível. Sempre consulte o dermatologista, que é o profissional indicado para fazer o diagnóstico correto e escolher o tratamento ideal para cada caso.