Estudantes da Uefs protestam contra fraudes em cotas, minuta do Jubilamento e corte de bolsa alimentação

^{Andrea Trindade}

Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) fecharam o pórtico, na manhã desta quinta-feira (31) durante uma manifestação envolvendo alunos de vários cursos. Segundo a estudante de geografia, Norma Carvalho, o protesto tem três pautas:

"Uma delas é o corte na bolsa alimentação integral para os novos moradores da residência universitária. A segunda pauta é sobre as fraudes nos sistemas de cotas principalmente por parte do curso de direito e medicina. Estudantes que não são negros, nem quilombolas, nem indígena, estão acessando o sistema de cotas de forma fraudulenta e tirando direito a quem de fato pertence essa conquista. Fazem isso de forma extremamente injusta e inclusive criminosa porque é falsidade ideológica. Estão se passando por aquilo que não é, uma etnia ao qual não pertencem”, informou.

A estudante informou também que outro motivo do protesto envolve a Minuta do Jubilamento.

“A minuta do jubilamento é um documento que estabelece um prazo para o estudante concluir um curso e se o estudante tiver qualquer percalço, qualquer situação específica que não lhe permita a conclusão do curso, durante aquele período estabelecido, o estudante perde a vaga no curso. A gente sabe que as coisas não devem seguir neste ritmo já que são várias situações específicas. Grande parte dos estudantes precisa trabalhar. Os estudantes que estão em vulnerabilidade socioeconômica, são os principais prejudicados por esta minuta. Tem muitos estudantes que são pais, que são mães, e que não conseguem concluir seu curso no período estabelecido e são prejudicamos por conta deste regimento”, explicou Norma em entrevista ao Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Se o curso for de quatro anos e o estudante não concluí-lo em no máximo seis anos, se ele tiver algum problema durante este percurso, não importa. Para o jubilamento ele tem um desligamento automático e perderá sua vaga. Isso é injusto porque as situações devem ser vistas de formas específicas a depender da situação de cada estudante. Essa manifestação vai durar até que consigamos conquistas nesse dialogo com a reitoria, um posicionamento que venha solucionar estes problemas a partir do desencadeamento desta negociação. Vamos avaliar em que horário vamos abrir o pórtico ou não”, continuou.