Toque Esportivo

Após nove anos de parceria, Robinho briga com a Nike na Justiça, diz jornal

Robinho entende que seu último vínculo com a companhia, que havia terminado em dezembro do ano passado, foi renovado de forma arbitrária.

Acorda Cidade

Gigante norte-americana e patrocinadora de jogadores como Ronaldinho e Cristiano Ronaldo e de seleções como a brasileira e a francesa, a Nike enfrenta um litígio judicial com um de seus astros, o atacante Robinho, do Milan. Segundo reportagem publicada na edição desta sexta-feira da Folha de S.Paulo, o jogador e a marca duelam nos tribunais por conta da última renovação de contrato.

De acordo com o jornal, Robinho entende que seu último vínculo com a companhia, que havia terminado em dezembro do ano passado, foi renovado de forma arbitrária. Para a Nike, entretanto, o documento, assinado pelo jogador em 2005, previa uma renovação automática até 2014.

O jornal apurou que o documento tem duas versões, uma em inglês e outra em português. O imbróglio começou justamente por conta das redações distintas, já que o texto em português diz que, ao final do contrato, as duas partes devem se reunir para entrar em acordo sobre a possível renovação, e o em inglês prevê a possibilidade de a Nike renovar o vínculo automaticamente, pagando a Robinho os mesmos valores do último ano.

Em dezembro de 2010, o ex-jogador do Santos entendeu que o contrato com a empresa havia terminado e chegou a disputar algumas partidas com modelos de outras companhias. O atleta teve o cuidado de pintar as chuteiras de preto para não fazer propaganda.

Robinho e Nike travam uma batalha judicial que chegou à Holanda, sede europeia da empresa de material esportivo. O brasileiro foi derrotado em primeira instância no último dia 4 de janeiro, em uma audiência em Amsterdã, e obrigado a usar novamente os produtos da Nike sob pena de pagar uma multa de 300 mil euros por dia.

A defesa do atacante do Milan vem tentando derrubar essa primeira decisão judicial. Enquanto espera uma definição da Justiça europeia, Robinho estuda a possibilidade de entrar com uma ação no Brasil. "Existe previsão em contrato para que o assunto seja discutido no país, além de a legislação brasileira assegurar que os contratos feitos no Brasil devem ser analisados em solo brasileiro", disse à Folha a advogada do jogador, Marisa Alija.

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