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Jogos educacionais apresentam-se como instrumento pedagógico para facilitar o ensino de conteúdos, bem como reforçar conhecimentos adquiridos. No entanto, segundo especialistas, as metodologias de desenvolvimento dos jogos existentes não detalham a construção da sua parte instrucional e falham em descrever com clareza cada etapa.
A fim de preencher tal lacuna, o trabalho intitulado "Agile Methods Applied to Educational Games (Amaeg): Uma metodologia de desenvolvimento de jogos educacionais" foi elaborado pelo formando do curso técnico integrado de informática do Campus Jacobina do IFBA Darlam Alves, e aprovado para apresentação, em formato de pôster, no SBGames, maior evento acadêmico da América Latina na área de jogos e entretenimento digital, que acontece de 28 a 31 de outubro, no Rio de Janeiro. O estudo é resultado do trabalho de conclusão de curso do aluno, sob orientação da docente Carina Machado.
Já o trabalho "Estimulando o Pensamento Computacional: Uma experiência com ScratchJr", resultado do projeto de extensão “Scratch Day: Um dia para aprender brincando”, foi aceito no Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), evento anual e internacional da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), que ocorre de 11 a 14 de novembro, em Brasília.
Desenvolvido pela professora Carina em parceria com a docente Valéria Gabriel da Cruz, contando com apoio dos egressos do curso técnico integrado de informática Bárbara Maia e Daniel Braz, bem como das licenciandas em computação Ângela de Souza e Jucimaria Santos, o estudo narra a experiência desenvolvida com crianças de 8 a 11 anos de idade de escolas públicas municipais do município de Jacobina, no segundo semestre de 2018, por meio de atividades lúdicas, utilizando tablets, para estimular o pensamento computacional e o raciocínio lógico através da aprendizagem criativa, fazendo uso da ferramenta ScratchJr e dos conceitos de iniciais de programação, computação desplugada e storytelling.
"O pensamento computacional tem sido considerado um dos pilares do intelecto humano, comparado à leitura, escrita e aritmética, uma vez que pode ser utilizado para compreender problemas do cotidiano”, explica a docente Carina.
Na opinião do egresso Daniel Braz, o ganho mais significativo do projeto foi compreender de maneira ampla o papel da informática na educação básica e a relevância da integração entre família e escola. Para a licencianda Jucimaria Santos, abranger a comunidade foi "o mais bacana da experiência".
"Aproveitamos a ocasião para apresentar o campus, despertando o interesse pela futura formação profissional. Muitos comentaram sobre a vontade de estudar em nosso Instituto quando conheciam espaços como os laboratórios. Fiquei impressionada com o desempenho e a participação de algumas crianças, que demonstraram, inclusive, visão para a computação. Por parte delas, criatividade não foi problema!”, revela.