Acorda Cidade
Após o latrocínio que vitimou o delegado Gesta Dermeval Costa Santos, 58 anos, o secretário Antonio Carlos Borges Junior, falou sobre a segurança no Centro de Abastecimento. O secretário fez um apelo e pediu que as polícias atendam a reivindicação por mais segurança, que segundo ele, não é um pedido da prefeitura, mas de toda a população. Ele pediu que mais blitz sejam realizadas em torno do Centro de Abastecimento.
“Vem pessoas de todo lugar fazer compras aqui e é preciso ter um olhar diferenciado. Aconteceu esse fato lamentável e é necessário fazer uma força-tarefa, todos que fazem a segurança na cidade entrar e conversar. Estamos fazendo a nossa parte”, afirmou em entrevista ao Acora Cidade .
Segundo o secretário Antonio Carlos Borges Junior, entre as medidas tomadas pelo município está a construção de um muro e a criação de um regimento interno, entre outras medidas.
“Além disso, vamos fechar o Centro de Abastecimento durante um período e vamos entrar para fazer uma força-tarefa para que os seguranças e carregadores sejam cadastrados para a gente saber quem é cada um deles. Tivemos vários momentos dentro do conselho de segurança de Feira de Santana, onde estava a Polícia Civil, a Polícia Militar, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Federal, Seprev e órgãos da sociedade civil, registrando esses fatos e solicitando apoio para que a gente pudesse ter ali um local mais seguro. Depois disso tivemos algumas ações, porém muito tímidas”, informou.
Segundo o secretário, os indicadores mostram que eram para ter ações mais concretas da Polícia Militar e da Polícia Civil juntamente com o apoio da Seprev no Centro de Abastecimento. Ele informou que solicitou motopoliciamento a pedido da associação dos comerciantes e trabalhadores do Centro, mas que quando passou para a Polícia Militar, recebeu a informação de que a PM não estava utilizando os motos policiais.
“Houve um declínio, na época pelo major Lúcio, então fizemos a intervenção junto a Seprev, colocando a Guarda Municipal dentro desse módulo e fizemos uma nova estratégia que foi criar uma rua chamada Augustino Vieira, que dá condição hoje da Polícia Militar adentrar no Centro de Abastecimento. É necessário que os órgãos de segurança façam uma força-tarefa no local”, destacou.
Retirada do posto da Polícia Militar
O Coronel Luziel Andrade comentou sobre a retirada do posto da Polícia Militar do local. Ele afirmou que quando assumiu o comando já não tinha mais o posto no local, mas destacou que a polícia continua atuando no Centro de Abastecimento.
“No primeiro semestre cinco armas de fogo foram apreendidas lá, três prisões por tráfico de drogas, uma prisão por tentativa de homicídio e um mandado de prisão foi cumprindo ontem. A polícia vem atuando da mesma forma, não com aquela estrutura de posto fixo. A gente tem certeza que posto fixo é uma coisa ultrapassada, que não resolve a questão de segurança de maneira alguma, o que resolve é o policiamento constante e permanente e de uma forma móvel”, destacou.
Segundo o coronel, a Polícia Militar já vem há algum tempo fazendo um levantamento onde algumas questões já foram apresentadas para o município com decisões que deveriam ser tomadas com relação a segurança no Centro de abastecimento. Entre as ações ele citou o completo isolamento do Centro para não dá condições de fuga pela parte de trás, o controle da venda e consumo de bebidas alcoólicas e tempo de funcionamento do local. O Coronel Luziel lembra que algumas ações já foram feitas pelo município, a exemplo da construção de um muro.
O coronel destacou em entrevista ao Acorda Cidade que as ações de segurança para o Centro de Abastecimento devem ser tomadas ao longo do tempo e não apenas em resposta ao latrocínio do último sábado (21). Segundo ele, uma operação da Polícia Militar estava sendo realizada, inclusive com o apoio do Graer, ao lado do Centro de Abastecimento, no momento em que o latrocínio aconteceu.
“Nós não temos como ter bola de cristal e polícia para cada cidadão que está na rua. Por isso que eu conclamo que as pessoas nos ajudem. O fato aconteceu, o elemento estava sem capacete e quem foi que ligou pra dizer que reconheceu e apontar o autor? e o problema é só da polícia? As pessoas tem que ajudar a polícia, temos que nos apoiar. Nós estávamos operando, estávamos com o policiamento lá dentro e infelizmente o fato aconteceu. Vamos continuar trabalhando e unindo esforços para que esses fatos não venham a acontecer”, destacou.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade