A Sala Eliel Martins, localizada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), foi palco, até o início da tarde desta quarta-feira (dia 11), de uma discussão minuciosa sobre Saúde, Doenças Vetoriais e Meio Ambiente. O idealizador da Audiência Pública foi o presidente do Colegiado, deputado estadual José de Arimateia (Republicanos), que debateu com detalhes a atual situação da zika, dengue, chikungunya, febre amarela e a importância de uma cobertura universal e assídua dos serviços de saneamento básico na Bahia e Brasil. O deputado José de Arimateia garantiu que fará uma série de encaminhamentos aos órgãos competentes sobre normas e regulações no uso de inseticidas, agrotóxico, armazenamento de água nos esgotos, critérios para o abastecimento de água, além da execução de campanhas assíduas e mobilizações sociais acerca dos assuntos pontuados. Durante a Audiência, o republicano falou da necessidade extrema dos gestores em priorizar o saneamento básico nos municípios baianos. “Caso não tenha esse empenho necessário por partes das autoridades a situação será insustentável”, disse. De acordo com o médico infectologista e pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz, Guilherme de Sousa Ribeiro, o enfrentamento das arboviroses não pode ser feito apenas pelo setor da saúde. Para ele é necessário a realização de ações intersetoriais que envolvem educação, saneamento básico e investimentos em pesquisas. “Sem a redução na produção de resíduos sólidos, das desigualdades sociais, ampliação do sistema de coleta de esgoto e fornecimento regular de água potável não teremos êxito na prevenção e controle das arboviroses”, opinou Guilherme, enfatizando também na importância do investimento em ações de desenvolvimento social e saneamento básico. Para a coordenadora do Programa de Pós Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da Faculdade de Medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rita de Cássia Franco Rêgo, o evento soube transmitir bem o panorama geral e mundial do saneamento básico no controle das arboviroses e medidas necessárias no contexto, mostrando a multidimensionalidade desse processo. Em sua palestra ela ressaltou que cerca de 83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada. São quase 35 milhões de brasileiros sem esse serviço básico. No Nordeste o abastecimento de água acontece para 73,25% da população. “É fundamental o investimento em Políticas de Infraestrutura de Saneamento”, disse Rita de Cássia, afirmando que a cada R$ 1,00 investido em saneamento gera economia de R$ 4,00 na Saúde.
Saúde
Comissão realiza Audiência Pública sobre Saúde, Doenças Vetoriais e Meio Ambiente
Durante a Audiência, o republicano falou da necessidade extrema dos gestores em priorizar o saneamento básico nos municípios baianos.
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