Laiane Cruz e Ney Silva
Um grupo de cerca de 30 vendedores ambulantes interditaram o cruzamento da Avenida Getúlio Vargas com a praça da Bandeira, no final da tarde desta quarta-feira (11). Usando faixas e cartazes eles protestaram contra as taxas que vão ser cobradas pelo centro comercial popular. O protesto durou cerca de uma hora.
A vendedora ambulante Flavia Priscila Moreira disse que os vendedores ambulantes vão continuar protestando todos os dias.
“Nós não somos contra o shopping. Somos contra a forma que eles vão usar contra a gente, porque são 1.800 camelôs que vão descer e não vão ter condição de ficar lá, porque tem uma das cláusulas do contrato que diz que vamos ficar lá com seis meses de carência e depois desse período, vamos ficar mais dois meses e se não pagarmos, o boxe será lacrado, vão pegar nossa mercadoria e levar pra algum lugar, e se dentro de 48 horas não tivermos condição de pagar, a mercadoria vai ser doada”, afirmou.
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Segundo ela, além da taxa de 80 reais pelo metro quadrado, há outras taxas que são consideradas abusivas pelos vendedores.
“Eu como escolhi cinco metros vou pagar R$ 400. Só que não é só isso. Uma das cláusulas do contrato diz que tem um aluguel ajustável e tem um percentual. Nós não temos um valor definido lá, fora outras taxas que são abusivas. Você é obrigado a vender o que eles querem, não pode mudar. Queremos pagar o preço justo, que todos possam pagar. E tem mais de 9 mil camelôs que não vão descer pra o shopping, e o que vai acontecer com essas pessoas”, questionou.
