Orisa Gomes
Ao que parece, as obras do Centro de Convenções de Feira de Santana vão continuar no papel. É que o governador Rui Costa alega que para assinar o convênio do teatro com a prefeitura é necessário que o município quite débito com o Estado referente ao Consórcio de Saúde da Policlínica Regional. Já o prefeito Colbert Martins afirma que os serviços prestados pela policlínica estão sendo pagos, que o estado também deve ao município e que vai devolver o convênio ao governador.
“O que a prefeitura não é paga é um ônibus que a policlínica não cedeu para Feira, mas para todas as outras prefeituras sim. E não paga também um aluguel daquele prédio público (…) Eles querem cobrar R$ 8 mil da prefeitura de Feira e não achamos correto pagar aluguel em um patrimônio público”, frisou Colbert.
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Ao ironizar a cobrança feita pelo governador, o prefeito apontou dívidas do estado com o município. “Essa ação de cobrador do governador eu desconhecia. Inclusive, já que ele está cobrando, o governo do estado deve R$ 1,2 milhão de repasse do Samu de Feira. O recurso do Samu é obrigado a pagar e não paga há um ano e 2 meses. Não paga o PSF em Feira, quase R$ 1 milhão também. O Estado da Bahia é muito caloteiro, precisa aprender como faz para ter coragem de cobrar aos outros”, disparou.
Embora Rui Costa tenha ressaltado em coletiva de imprensa na última sexta-feira (30) que ia marcar com o prefeito Colbert para conversar sobre o convênio do teatro, Colbert informou ao Acorda Cidade que estava providenciando a devolução do contrato nesta segunda-feira (2) ao governador.
“Quem está parado na obra é o governo do estado (…) Estou devolvendo hoje ao governador, para que tome conta do Centro de Convenções que ele abandonou”, frisou Colbert informando que em fevereiro passado teve a iniciativa de marcar audiência com o governador para falar sobre o assunto e tudo que foi solicitado não foi cumprido.
