Feira de Santana

Motoristas de vans pedem abertura de inquérito contra prefeitura por descumprimento de liminar

Segundo os manifestantes, os trabalhadores estão sofrendo ameaças.

Laiane Cruz

Um grupo de motoristas da cooperativa que foi autorizada por liminar a fazer transporte alternativo em Feira de Santana realizou um protesto na tarde desta terça-feira (27) e pediu a abertura de um inquérito contra a prefeitura, por descumprimento da decisão judicial.

Eles primeiro se dirigiram ao Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, mas foram informados que deveriam prestar a queixa no Complexo de Delegacias Investigador Bandeira, no bairro Jomafa. Segundo os manifestantes, os trabalhadores estão sofrendo ameaças e alguns veículos estão apreendidos há 19 dias.

De acordo com o advogado da cooperativa, Tony Franklin, o inquérito é para apurar a responsabilidade prefeito de Feira, Colbert Martins, e o secretário de Transportes, Saulo Figueiredo, por estarem descumprindo a liminar que autoriza a cooperativa a exercer suas atividades no município.

“É importante ressaltar que o descumprimento está trazendo o prejuízo ao erário público da ordem de 4 mil reais por dia devido a veículos que se encontram apreendidos de forma irregular. Como nós demos entrada hoje, o delegado ainda irá avaliar. Daqui até sexta devemos ter alguma posição. A próxima etapa agora é ir até a Procuradoria do município para solicitar que encaminhe a decisão para que a Secretaria de Transportes cumpra”, informou o advogado.

O motorista Roberto de Oliveira afirmou que há um ano a cooperativa vem atuando em Feira. “Agora que a gente ganhou na Justiça o direito de trabalhar. Se a Justiça reconheceu o direito de trabalho, por que a prefeitura não reconhece isso. A única coisa que os trabalhadores querem é defender o seu pão”, disse.
O diretor da cooperativa, Antônio dos Santos, destacou que o objetivo da manifestação foi também a liberação dos veículos que estão retidos.

“A gente tem decisão judicial pra trabalhar, e eu gostaria de saber qual o interesse das partes em proibir a categoria de trabalhar, porque em Feira de Santana existe o Ministério Público, que deveria estar empenhado em fiscalizar. O que a gente quer é receber o que é nosso de direito. Estamos sofrendo ameaças anônimas. Nossos cooperados estão passando dificuldade, nossos veículos estão parados na porta de casa, prestações vencendo e a gente precisa trabalhar para arcar com nossos compromissos dignamente”, declarou.

Com informações e fotos do repórter Gabriel Gonçalves do Acorda Cidade.

 

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