Daniela Cardoso e Ney Silva
A reunião ocorrida no final da manhã desta terça-feira (27) entre o prefeito Colbert Martins Filho, vereadores e representantes dos vendedores ambulantes não teve um desfecho positivo para por fim ao impasse sobre a transferência deles para a Cidade das Compras.
Durante toda manhã os vendedores ocuparam a Câmara Municipal e fizeram passeata por ruas do centro da cidade. A categoria está insatisfeita pelas taxas cobradas pelo consórcio Feira Shopping Popular e por outras situações previstas em contrato.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O vendedor ambulante Jerdyson Cerqueira disse que não saiu um acordo nesse encontro com o prefeito.
“Disseram que amanhã vai ter uma reunião com o Ministério Público para resolver alguma coisa. Trouxemos algumas pautas para o prefeito com reivindicações com relação aos valores abusivos das taxas, também com relação ao sorteio dos pontos, que já tinha entrado em acordo com o secretário, pois não seria sorteio e sim seguiria uma ordem. Além disso, não teria setorização. Vamos ir também ao MP para saber o que vai acontecer, mas acredito que os comerciantes vão continuar a manifestação, pois eles estão contrariados com isso”, afirmou.
O prefeito Colbert Martins da Silva fez uma avaliação do encontro com a comissão de vendedores ambulantes. De acordo com ele, o Ministério Público que controla todas as questões da prefeitura e as orientações que foram dadas é o que o município vai seguir.
“Recebi a comissão, estamos conversando com relação ao Shopping Popular, que na minha opinião é a maior obra que Feira de Santana tem nesse momento. As dúvidas que aqui foram colocadas, adiamos qualquer decisão, pois nesta quarta vai haver uma reunião no Ministério Público com o promotor, que tem acompanhando esse processo desde o início”, afirmou.
Com relação as reclamações referentes as taxas que serão cobradas, o prefeito afirmou que essa questão foi decidida desde o ano de 2014 com a participação de todos os comerciantes. Ele destaca que audiências foram realizadas juntamente com a presença do Ministério Público para a definição dessa e de outras questões.
“Todos os dados foram decididos de forma transparente. Não tem nada que tenha sido decidido apenas pela prefeitura ou pela fundação que coordena a Parceria Público-Privada (PPP). Feira entrou com 13 milhões de reais nesse negócio e o empresário entrou com 78 milhões de reais. Queremos que aquilo seja transformado em um grande centro de negócios de Feira de Santana. A questão de taxas é porque trata-se de um condomínio e todos precisam pagar, diferente do Centro de Abastecimento que ninguém paga nada e por isso está naquela situação”, afirmou.