Rachel Pinto
Um mês após a ação policial no bairro Pedra Ferrada que resultou na morte de Aelson Costa Silva, de 20 anos e Clodoaldo Silva, familiares das vítimas realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (27), em frente ao Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho em Feira de Santana, para pedir uma resposta da polícia sobre a investigação e a autoria dos crimes.
Ademir Bastos Silva, pai de Aelson contou ao Acorda Cidade que o filho foi assassinado quando estava entregando compras do mercadinho que trabalhava e um mês depois do seu assassinato a família não sabe quem deflarou os tiros contra o jovem.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“Até hoje a gente não teve solução nenhuma e não sabemos como esse crime aconteceu. Queremos saber a verdade. Ele era inocente. Foi morto de forma injusta. A vida dele era só trabalho. Meu filho trabalhava desde os dez anos de idade e hoje está debaixo da terra. Viemos aqui e depois vamos para a corregedoria para ver o que vão fazer em relação a esse crime. Morreram Aelson e Clodoaldo, dois inocentes”, disse.
Claudenice da Silva Dantas, que é irmã de Clodoaldo Silva, também estava na manifestação. Ela confirmou que um mês após a morte dos dois rapazes, as famílias não tem nenhuma informação sobre as investigações. Ela frisou que o irmão também era trabalhador, era motorista de uma empresa de bebidas e após encerrar o expediente parou em um bar. Ele foi surpreendido pelos tiros e morreu.
“Mataram um inocente. Vieram atirando e ele foi atingido com dois tiros. Um nas costas e um na cabeça. A dor é muito grande e queremos justiça”, comentou.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
O delegado Fabrício Linard afirmou que a polícia instaurou um inquérito sobre os crimes que aconteceram no bairro Pedra Ferrada no dia 27 de julho e segundo ele, as investigações estão praticamente concluídas.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“Foi instaurado o inquérito policial para apurar as duas mortes. Estamos aguardando apenas o depoimento de uma única testemunha que tivemos dificuldade de localização. Mas, ela já está agendada para a próxima sexta-feira e faltam alguns laudos periciais. Acreditamos também que até a próxima sexta já estejamos com esse laudo em mãos e findada a oitiva dessa testemunha a investigação estará concluída. Sem dúvida alguma na próxima segunda-feira o inquérito será encaminhado para o Ministério Público (MP)”, frisou o delegado.
Com informações de Gabriel Gonçalves do Acorda Cidade.
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