Reunião

Procon e MP pedem prazo de 30 dias para a suspensão do atendimento a usuário de plano de saúde

Os hospitais particulares de Feira de Santana iriam suspender o atendimento de emergência para as pessoas conveniadas com planos de saúde, a partir do dia 1ª de março.

Ilani Silva

Aconteceu na tarde desta quinta-feira (24) uma reunião na Associação dos Hospitais do Estado Bahia (ASHEB), em Feira de Santana, para decidir sobre a suspensão do atendimento de médicos cirurgiões em plantões de sobreaviso.

Participaram da reunião representantes do Procon, Ministério Público, diretores de hospitais públicos e particulares, além da superintendente da União Nacional das Instituições de Auto-Gestão em Saúde (Unidas), que representa 28 planos de saúde. 

Segundo Rafael Cordeiro, diretor do Procon, foi apresentada uma proposta pelo órgão juntamente com o Ministério Público para suspender a decisão do cirurgiões em 30 dias com o objetivo de apurar em tempo maior, uma decisão em que a população não fosse prejudicada.

“Saímos da reunião com o sentimento que podemos chegar a um consenso. O Procon não vai aceitar que uma falta de entendimento venha a prejudicar o consumidor”, disse o diretor.

O vice presidente da ASHEB, Marcelo Brito concordou com o prazo solicitado pelos órgãos, mas disse que depende da decisão dos médicos cirurgiões. Além disso, ele relatou que no entendimento dos hospitais, essa remuneração com valor fixo reivindicada pelos médicos deve ser arcada financeiramente pelas operadoras de planos de saúde.

“Acredito que amanhã já teremos uma resposta dos cirurgiões, mas tenho quase certeza que será uma posição de conciliação”, contou.

Atualmente, os profissionais de saúde recebem R$ 45 reais por consulta e em horário de emergência ou urgência é previsto um acréscimo de 30% para todo e qualquer ato médico. A reivindicação exigida é para o valor de R$ 9.900 por operadora e para cada especialidade. Então um hospital que aceita 40 convênios, geraria uma despesa em torno de R$ 400 mil reais, somente em sobreaviso, para estes profissionais, segundo informações da superintendente da Unidas, Eucleciane Oliveira.

“Estou surpresa com a decisão dos médicos sem aviso prévio, inclusive nós temos contratos que prevêem um prazo para rescisão e esse prazo não foi cumprido. Em relação ao valor cobrado por eles, nós não temos como arcar financeiramente”, disse a representante da Unidas.

O coordenador do grupo de cirurgiões, doutor Joaquim Paulo, parte decisiva da negociação não esteve presente na reunião, e em ligação a representante do hospital EMEC, Cleuza Pita, informou que não iria e não era obrigado a comparecer a discussão. As informações são do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade

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