Feira de Santana

Presidente de sindicato explica operação do Procon-BA em postos de combustíveis

O presidente do sindicato falou ainda sobre o cenário de crise dos últimos dez anos no setor de combustíveis.

Acorda Cidade

A operação da Coordenadoria Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-Ba), em postos de combustíveis de Feira de Santana, na última semana, gerou reações. Empresários do ramo procuraram o Acorda Cidade para reclamar da presença da polícia, que consideraram desnecessária. O ex-deputado federal Fernando Torres, dono de postos na cidade, questionou também a atuação do Sindcombustíveis.

Em resposta aos questionamentos, o presidente do Sindcombustíveis, Walter Tannus, afirmou que essas operações mistas, que contam com a presença da Polícia Civil, Polícia Militar, Agência Nacional do Petróleo, entre outros órgãos, estão sendo feitas não só em Feira de Santana, como em todo o estado da Bahia.

De acordo com ele, o sindicato está em contato com os revendedores, buscando identificar as queixas.
“Nós temos que ver caso a caso, se houve abuso, de quem partiu, se por acaso existiu. O sindicato está procurando identificar as queixas dos revendedores para daí formar uma opinião e ir até os órgãos dialogar e procurar entender o que houve”, declarou.

Ainda conforme Tannus, a reclamação feita pelo ex-deputado Fernando Torres, de que o sindicato não luta em defesa dos revendedores não tem fundamento. “O sindicato é composto não por distribuidores e sim por revendedores. Nós temos a obrigação e fazemos com altivez a defesa do revendedor”, pontuou.

Cenário de crise

O presidente do sindicato falou ainda sobre o cenário de crise dos últimos dez anos no setor de combustíveis. De acordo com ele, há dez anos o volume de combustíveis no estado da Bahia está em queda, o que influencia no preço do produto.

“Ano após ano vendemos menos que o ano anterior. Temos uma queda do poder aquisitivo muito grande, e um item que é importante destacar é que toda a cadeia de formação do preço do produto quem menos tem participação é o revendedor, é o seguimento que tem a menor margem e está exposto para a sociedade”, afirmou.

Tannus destacou que 55% do preço do produto é imposto. “Em cada 100 reais de combustível que você coloca, 55 vai para os órgãos públicos, e isso é um absurdo. O povo não aguenta mais essa carga tributária e nesse momento de crise os governos não estão dispostos a abrir mão de suas arrecadações, seja estadual ou federal. Temos que enfrentar esse problema, discutir a reforma tributária. Temos 13 milhões de desempregados, enquanto os órgãos públicos estão abarrotados de dinheiro.”

Em relação à oscilação de preços de posto para posto, ele diz que isso ocorre devido à concorrência, pois o preço é livre e cabe ao revendedor definir o preço da bomba.

“Temos uma queda de venda, então é normal que essa concorrência seja acirrada. E nós temos no estado da Bahia uma das menores margens, e em Feira de Santana é muito apertada. Porque hoje o cliente é escasso e leva o revendedor a essa situação. Mas essa oscilação tem trazido benefícios à população, porque ela normalmente tem feito com que as margens sejam bastante estreitas.”

Leia também

Procon estadual coordena operação em postos de combustíveis de Feira de Santana

Fiscalização em postos de combustíveis com presença de polícia gera reação em Feira de Santana

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários