Polícia

Família de idoso agredido questiona liberação do agressor: 'Isso revolta'

A enfermeira Mônica Domingues Rocha, filha de Jaime, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que não entende por que o agressor não ficou preso.

Acorda Cidade

A família do idoso Jaime da Rocha Silva, de 83 anos, que foi agredido por um homem no bairro Capuchinhos, em Feira de Santana, na última segunda-feira (12), pede que a polícia apure os fatos e não se conforma com a liberação do agressor.

A enfermeira Mônica Domingues Rocha, filha de Jaime, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que não entende por que o agressor não ficou preso. Ela também demonstra indignação pelo fato da polícia dizer que está aguardando a vítima para prestar depoimento, já que, segundo relatou, o estado do pai é gravíssimo.

“Meu pai fez uma cirurgia, teve uma hemorragia intracraniana, está em coma, em estado gravíssimo. Ele teve uma piora relacionada à parte renal, teve um edema cerebral grande e os médicos dizem que o estado é muito delicado até pela idade. Enquanto isso o agressor foi solto no mesmo dia e já estava circulando no bairro. A polícia está dizendo que está esperando a vítima ficar bem pra prestar depoimento, mas meu pai não quebrou uma perna, o caso é grave e ninguém sabe nem se vai sair do hospital. Isso chega a ser ridículo”, protestou.

Monica Domingues disse ainda que não conhece o agressor, mas que ficou sabendo que ele é casado e tem um comércio na Avenida João Durval Carneiro. Ela não acredita que o agressor possui problemas psicológicos como foi alegado pela família dele.

“Minha irmã é advogada e a gente já entrou em contato com o Caps, com o Hospital Especializado Lopes Rodrigues e ele nunca deu entrada em nenhuma dessas instituições, seja por problema psicológico ou drogas. Não sei que relatório é esse que foi apresentado na delegacia. Estão circulando áudios falando que ele é muito bem de vida. Quem tem problemas psiquiátricos não tem comércio, carro, mulher e família. Isso revolta”, afirmou.

A delegada Bianca Torres, que estava no Plantão Central quando o fato foi registrado, informou que o agressor foi apresentado por uma guarnição da Polícia Militar. Ele foi ouvido, assim como familiares, que apresentaram um laudo comprovando que o agressor tem problemas psíquicos e que já passou pelo Hospital Lopes Rodrigues.

“Os pais relataram que ele já foi por diversas vezes para o hospital especializado, mas é medicado e liberado, pois não existe mais a internação compulsória. Constatamos que não é a primeira passagem que ele tem pela polícia. Ele já tem passagem por vias de fato e lesão corporal. Nesse caso específico, foi uma lesão corporal e a depender a situação e do laudo vai saber se é uma lesão grave ou gravíssima”, afirmou.

Segundo a delegada, pelo vídeo se constatou que ele realmente foi o autor da agressão. Ela informa que foi lavrado o procedimento e encaminhado para a 1ª Delegacia Territorial para a apuração do fato.

Com informações dos repórteres Aldo Matos e Ed Santos do Acorda Cidade

 

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