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Ansiedade e depressão são desordens mentais que têm apresentado uma crescente entre os brasileiros. De acordo com dados da Organização mundial da saúde (OMS), o Brasil conta com mais de 350 milhões de deprimidos em todo o planeta e alguns hábitos alimentares podem interferir diretamente neste quadro, tanto de maneira positiva quanto negativa. A psicóloga do Hapvida, Daniela Teixeira, explica que a pessoa com depressão tende a não ver sentido na forma como deveria se alimentar, fazendo refeições de qualquer maneira ou até ficando muito tempo sem comer.
“O que se propõe ao paciente é que dentro de uma rotina ele busque por alimentos que lhe tragam experiências e memórias boas, o que consideramos como comer afetivo, que nesse momento se torna positivo para a evolução positiva desse quadro”, destaca Daniela.
Já no caso da ansiedade, a especialista faz um alerta para as possíveis tentativas de controle do transtorno com alimentos que tragam sensação de conforto, a exemplo de uma fatia de torta. “As compensações não são as melhores formas de controle de ansiedade, visto que ela foi acalmada apenas naquele momento e que, possivelmente, os sintomas aparecerão novamente após nova exposição do paciente”, pondera.
Atenção ao prato
Gordura saturada, refrigerantes, guaraná e chá verde estão entre os “vilões” da ansiedade e da depressão. De acordo com a nutricionista do Hapvida, Geilma Rocha, além desses, o chá preto mate e a cafeína também podem desencadear crises. Em contrapartida, Geilma destaca os benefícios da vitamina C para esses casos. “Ela reduz os níveis de cortisol, hormônio do estresse. Alimentos como caju, morango, mamão, kiwi, goiaba, pimentão e brócolis têm bons níveis da vitamina em suas composições nutricionais”, pontua. A especialista conta que as vitaminas B e D também agem reduzindo a ansiedade. “No caso da vitamina B, ela realiza a conversão do tripofano em serotonina e com isso auxilia no combate à ansiedade”, explica.