Feira de Santana

APLB convoca professores para paralisação nacional acontece na próxima terça-feira (13)

APLB Feira e demais entidades protestam contra o governo federal.

Maylla Nunes 

Na próxima segunda-feira, 13 de agosto, haverá uma manifestação de professores e demais trabalhadores da educação, em Feira de Santana, contra cortes do governo federal e contra a reforma da previdência, da forma como está sendo proposta. A concentração será às 8h, na praça de alimentação, na Avenida Getúlio Vargas, com a organização da APLB Feira e demais entidades.

Foto : Orisa Gomes / Acorda Cidade


Pablo Bandeira, secretário da Frente Brasil Popular, organização que conjuga várias centrais, sindicais e movimentos populares, destacou o objetivo do ato público.

“Entendo que o 13 de agosto, além de nos somarmos em defesa da educação, que tem sofrido com os cortes federais, também estaremos no combate necessário para a comunidade. A sociedade ainda está colocando que a reforma não corrige de fato os problemas e que a gente sabe que eles existem. Infelizmente, a reforma que tem sido proposta vai penalizar alguns trabalhadores que se aposentam com um salário mínimo. Nos somaremos nos segmentos da educação em defesa e apoio enquanto movimento e sociedade civil organizada', disse.

Foto : Orisa Gomes / Acorda Cidade

A presidente da APLB Feira, Marlede Oliveira, em entrevista ao Acorda Cidade, salientou a importância da manifestação em defesa da educação e corte de verbas. “Qualquer indivíduo precisa de educação, é publico. Se tirar a verba da educação, vai ser cortado, além das demais universidades, 48 milhões da escola básica. Nesse propósito, precisamos estar nas ruas para mostrar a nossa indignação com esse procedimento do governo atual.”

Atuação do Sindicato

Por conta das greves, normalmente, a população tem a impressão de que a APLB só se manifesta para buscar recursos para os professores, deixando de focar nos índices da educação, que estão baixos. Em defesa do sindicato, Marlede Oliveira afirma que melhorar os índices também  é um dos objetivos da categoria.

“Não é verdade. Nós temos feito muitas denúncias, tanto da rede estadual como municipal, da precariedade das escolas. A questão do índice, do Ideb, não é somente relacionado  aos professores, são vários fatores. As condições físicas das escolas, os materiais. Se cortar a verba, vai deixar de ter material, vai deixar de ter livros para as escolas. Enfim, são vários fatores.”

A presidente ainda reforça que em Feira de Santana, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), não é garantido pelo deslize da gestão.

“Em Feira de Santana, há vários anos, estávamos com 800 estagiários nas escolas. Não são professores, são estudantes. No primeiro semestre mesmo conseguia o papel e ia ensinar. Não tem a capacidade ainda profissional de exercer a profissão. Feira de Santana tem um dos Idebs mais baixos da região. Tem vários fatores, a sociedade que se debruce o porquê.”

Marlede Oliveira concluiu que a APLB Feira busca melhorias para a educação tanto na rede municipal, quanto estadual de ensino.

“Lançamos no estado um plano de carreira que é mais evoluído, muito mais avançado do que a rede municipal. O plano de carreira do município é de 92, não tem formação continuada para os professores. Precisa ter uma reformulação, inclusive a lei garante “ o município não tem feito isso”. Temos reivindicado os enfrentamentos com o governo do estado. . A nossa entidade tem sempre feito a luta em defesa da escola pública, tanto da rede estadual, quanto da rede municipal.”

O pessoal diz, a Senhora já ouviu muito, “a APLB só aperta o município, não aperta o estado. E o estado tá tudo lindo?”
 

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