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Os agrotóxicos são substâncias antigas, criadas ainda na primeira guerra mundial com a finalidade de serem utilizados como arma química. Após a segunda guerra mundial, o agrotóxico passou a ser usado como inseticidas pelos agricultores com o objetivo de evitar pragas que prejudicam as plantações de frutas, verduras e legumes.
Nos últimos quatro anos, a quantidade de tipos de inseticidas lançados no mercado aumentou significativamente, principalmente a partir de julho de 2019, quando Ministério da Agricultura autorizou o uso de mais 21 tipos de produtos, chegando ao total de 169 pesticidas. Segundo o Greenpeace, 48% desses agrotóxicos são extremante tóxicos, 25% não são permitidos na união europeia e 28% genéricos de outros produtos.
A professora da Uninassau Feira de Santana e bióloga, Tatiane Amorim, ressalta que é necessária uma rígida avaliação e fiscalização na manipulação desses agrotóxicos. “Os riscos para o meio ambiente, para os trabalhadores e para os consumidores de alimentos que excederam no uso do produto podem ser graves: provocar aborto, suicídio, má formação fetal, desenvolver um câncer ou dermatose, além de aumento de casos de intoxicação alimentar”.
Tatiane chama a atenção para o cuidado com os alimentos e apresenta dicas para que, diante desse cenário, a população passe a utilizar medidas de segurança alimentar. “É importante ter o conhecimento de que frutas e verduras de tamanho maior que o natural podem ter sido expostos a substâncias químicas. O pimentão e o morango são campeões de contaminação. Além disso, uma opção mais segura é dar preferência a alimentos orgânicos”, orienta.
Receita de solução de descontaminação:
– Iodo 2% (5 ml em 1 litro de água);
– Bicarbonato (1 colher de sopa para 1 litro de água);
– O alimento deve ficar de molho por 30 min e em seguida lavar.
Segundo a bióloga, o Ministério da Saúde alerta para o fato de que o iodo, sendo uma substância oxidante, possui também o poder de remover os nutrientes da casca dos alimentos. No entanto, a recomendação médica é para remoção da casca sempre que possível.