Feira de Santana

Moradores de residencial onde criança foi baleada fazem manifestação e pedem segurança

Os moradores foram até a Ayrton Senna e também na entrada do residencial estendendo cartazes com frases clamando por justiça e chamando a atenção sobre a morte de Luciano.

Rachel Pinto

Moradores do bairro Conceição e do residencial Conceição Ville, conhecido como B12, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação na tarde desta segunda-feira (5), na Avenida Ayrton Senna em Feira de Santana para protestar contra a falta de segurança no local e pedir justiça pela morte de Luciano Gonçalves Silva.

Na noite de ontem, o garoto de 10 anos foi vítima de bala perdida no residencial do Minha Casa Minha Vida (MCMV), foi socorrido para o Hospital Estadual da Criança (HEC) e morreu nesta manhã. Um jovem de 22 anos identificado como Jonas Pereira Vitória também foi baleado e está internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

Segundo a polícia, dois homens chegaram ao residencial atirando. Os tiros atingiram Luciano no tórax e Jonas foi baleado na coxa, panturrilha esquerda e braço direito.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Os moradores foram até a Ayrton Senna e também à entrada do residencial estendendo cartazes com frases clamando por justiça e chamando a atenção sobre a morte de Luciano.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Muito abalada com a situação, Dayane Barbosa Aparecida Silva, contou a reportagem do Acorda Cidade que o filho ontem brincou de bola e de bicicleta no térreo do residencial e em um determinado momento ela desceu para encontrá-lo. Nesse instante, quando ela estava quase de frente com ele, eles foram surpreendidos pelos tiros.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A gente estava vindo de um bloco para o outro para nos encontrarmos. De repente passou um cara correndo entre nós e eu só ouvi o barulho. Quando olhei tinha outro cara atirando em nossa direção e aí o tiro pegou em meu filho. Passou entre o pulmão e a bala alojou no fígado. Na hora ele ficou sangrando muito e aí eu peguei ele no colo e comecei a pedir socorro. Uma pessoa chegou e aí colocamos ele no carro para levá-lo até ao hospital. Ele só chamava por meu nome e eu dizia: ‘Calma filho, vai dar tudo certo”, lamentou.

Dayane frisou em entrevista ao Acorda Cidade que Luciano era uma criança muito tranquila, não era de sair pela rua. “Era um menino que não dava trabalho nenhum e que todos gostavam”, comentou.

Foto: Arquivo Pessoal

Ela disse que não sabe o que levou os homens a dispararem os tiros em seu filho e no outro rapaz.
O velório de Luciano será amanhã na igreja Caminho da Verdade na Agrovilla e ainda não há informações sobre o local do sepultamento.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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