Bahia

Industrialização do cacau baiano movimenta R$ 1,3 bi em investimentos

O forte da industrialização do cacau é a região Sul, mas também tem presença marcante na capital e já exportou até loja artesanal para Paris.

Acorda Cidade

O cacau da Bahia vai além das 123 mil toneladas produzidas por ano e lidera nacionalmente, também, no setor industrial. O brilho dos frutos se reflete no chocolate e seus derivados com origem baiana. No estado, os cinco empreendimentos do setor, incentivados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), já injetaram cerca de R$ 1,3 bilhão em investimentos e geram juntos 1,2 mil empregos diretos. O forte da industrialização do cacau é a região Sul, mas também tem presença marcante na capital e já exportou até loja artesanal para Paris.

Reinventado, o segmento cacaueiro tem visibilidade nacional com o Chocolat Bahia Festival, cuja 11ª edição está ocorrendo desde a quinta-feira (18), em Ilhéus. Os números positivos se refletem também no processamento das amêndoas de cacau. A indústria moageira produz 270 mil toneladas por ano. Dados da SDE revelam a diversidade da cadeia produtiva baiana, que vai do cacau em pó aos chocolates gourmet, com nibs de cacau.

“A Bahia ocupa espaço importante no cultivo do fruto e no desenvolvimento econômico, especialmente no Sul e Extremo Sul. O cacau se reinventou depois da vassoura de bruxa e temos uma nova oportunidade de crescimento territorial, com grandes variedades e com potencialidade sustentável do cultivo. A industrialização vem como reforço e essa cadeia tem movimentado a economia baiana, gerado empregos e tornado o estado referência mundial, seja no cacau ou no chocolate”, reflete João Leão, vice-governador e titular da SDE.

Numa conexão Ilhéus-Salvador-Paris, com vocação sustentável, a AMMA Chocolate Orgânico investiu R$ 3 milhões para implantação de uma unidade de fabricação de chocolate artesanal. As fazendas de cacau ficam no Sul, nas proximidades de Ilhéus, Itabuna e Itacaré, na capital baiana funciona a planta fabril e as lojas temáticas. Para a capital da França, a marca baiana exporta o chocolate e mantém uma loja modelo. “O cacau que a Bahia e pequenos produtores produzem, com todo o apoio do Governo do Estado, tem sido fundamental para o desenvolvimento, pois estamos vivendo a reestruturação dessa cadeia, de uma forma sólida, com mais valor e mais respeito a todos os integrantes”, destaca Diego Badaró, fundador e diretor da AMMA.

Entre as fábricas que estão implantadas na Bahia, tem também a francesa Barry Callebaut, que possui duas filiais no estado. Maior processadora de cacau do país e também produtora de chocolate, a empresa injetou investimentos de R$ 64 milhões em Ilhéus e de R$ 23,8 milhões em Itabuna. Ao todo, o volume de aporte chegou a R$ 87,8 milhões na ampliação industrial. O grupo gera 526 empregos diretos na região.   

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