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Juíza de SP diz que assassino de Rafael Miguel oferece risco a namorada do ator; advogado quer medida protetiva para a jovem

Débora Faitarone decretou prisão temporária de Paulo Cupertino Matias. Ele é foragido da Justiça e procurado pela polícia por mortes de ator e dos pais dele por não aceitar namoro da filha.

Acorda Cidade

A juíza que decretou a prisão temporária do suspeito de matar a tiros o ator Rafael Miguel, de 22 anos, e dos pais dele, no fim de semana em São Paulo, afirmou que a liberdade do comerciante Paulo Cupertino Matias, de 48, oferece risco à sua própria família.

O advogado de Isabela Tibcherani Matias, filha do suspeito, afirmou nesta quinta-feira (13) ao G1 que pediu à Justiça uma medida protetiva para a estudante de 18 anos.

Paulo não aceitava o namoro de Isabela com o ator. Também foram baleados e mortos os pais de Rafael, João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50.

O comerciante é considerado foragido pela Justiça e é procurado pela polícia desde domingo (9), quando fugiu. O crime foi cometido na frente da casa onde a filha e a mulher dele moram na Zona Sul.

Risco

“A sua liberdade colocaria em risco à vida de seus filhos e esposa, que, segundo depoimentos colhidos na Delegacia de Polícia, já foram agredidos fisicamente por ele”, escreveu a juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri da capital, na sentença que decretou a prisão temporária de Paulo por 30 dias.
Além de Isabela, a magistrada está se referindo ao irmão da jovem e a mãe dela, Vanessa Tibcherani de Camargo, 39, que declarou que o marido agredia a ela e aos filhos. Segundo a mulher, o comerciante é “violento” e de “pavio curto”.

“A narrativa dos fatos demonstra a gravidade do crime e a acentuada periculosidade do investigado que, após o cometimento do crime, empreendeu fuga, estando desaparecido desde então”, afirmou a magistrada na decisão.

Medida protetiva

Diante da periculosidade de Paulo e a da gravidade do crime que ele cometeu, o advogado Eliton Lima dos Santos, que defende os interesses de Isabela, disse que entrou na Justiça com pedido de medida protetiva para a filha contra o pai dela.

“Já entrei com o pedido [de medida protetiva em favor de Isabela]”, se limitou a dizer o advogado Eliton, que não deu detalhes da solicitação. Não há informações se a Justiça determinou que Isabela seja protegida da eventual aproximação de Paulo.

O caso é investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Ministério Público (MP). Caso Paulo se entregue ou seja preso, irá responder por homicídio.

'Angustiada'

Isabela ainda não retornou à casa onde morava com a mãe e o irmão, segundo o seu advogado.

“Ela está se sentindo angustiada, mal, de retornar ao local devido à sensação daquele momento voltar, os tiros e tudo mais”, disse Elinton.

De acordo com o advogado, desde o dia do crime sua cliente está dormindo na residência de amigos. “[Ela] não tem a pretensão de voltar tão cedo”, disse Elinton. “Houve uma tragédia lá e ela não quer voltar para casa, normal.”

 

Fonte: G1

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