Acorda Cidade
Os últimos dados divulgados pela Organização Não Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica reforçam que a Bahia tem buscado combater o desmatamento, por meio de constantes operações realizadas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia responsável pela fiscalização ambiental, busca atingir o nível zero em termos de desmatamento.
Em 2018, o mesmo levantamento da ONG com dados referentes aos anos de 2016-2017, indicou uma redução em área desmatada na Mata Atlântica na Bahia de 67% em relação ao levantamento anterior. Já agora em 2019, com dados do período de 2017-2018, a Bahia aparece com uma redução de 51% em relação ao levantamento anterior, segundo números disponibilizados na última quinta-feira (23) pela ONG.
Segundo a diretora executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, a Bahia é um exemplo de como as ações de comando e controle são importantes. Há dois anos era o primeiro estado do ranking, por exemplo. “Naquele ano, o então secretário de Meio Ambiente do estado esteve no nosso ‘Encontro das Secretarias de Meio Ambiente dos estados da Mata Atlântica’, onde se comprometeu com o combate ao desmatamento e realizou operações de fiscalização”, explica Marcia.
Para o diretor de Fiscalização (DIFIM) do Inema, Marcos Machado, os números divulgados pela ONG mostram que o trabalho envolvendo análise, planejamento e execução das atividades do Instituto tem surtido efeito no combate ao desmatamento. “O Inema mantém uma equipe de técnicos especialistas em geoprocessamento para levantamento de dados de decremento de vegetação e planejamos operações de fiscalização, também em conjunto com outros órgãos, para inibir as ações de destruição da nossa mata atlântica", afirma.
Projeto Harpia
Tendo em vista que o monitoramento florestal é um importante instrumento para o enfrentamento do desmatamento ilegal, o Inema, por meio da Coordenação de Tecnologia da Informação e Comunicação (COTIC), desenvolveu o projeto Harpia, sistema que utiliza uma metodologia que contempla a coleta semanal de imagens de satélite com uma resolução compatível com a escala do monitoramento necessário para a Mata Atlântica.
As imagens são analisadas por um robô para detectar áreas com supressão de vegetação nativa. Posteriormente, a equipe técnica do Instituto realiza uma auditoria do resultado e seleciona as áreas por meio de pontos georreferenciados que subsidiam as ações de fiscalizações planejadas.
É constituído crime ambiental desmatar, provocar incêndio em mata ou floresta, extrair, cortar ou utilizar para fins comerciais a madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem autorização devida, defendida pela lei federal 9.605/98.