Feira de Santana

Diretor do Shopping Popular acusa Luiz da Feira de tentativa de extorsão; vereador nega

Elias Tergilene afirma que vai denunciar o vereador no Ministério Público.

Orisa Gomes

Boxes do Shopping Popular estão sendo comercializados ou não? A polêmica em torno do assunto teve início na semana passada, quando o verador Luiz da Feira (PPL) denunciou na Câmara Municipal que as vendas têm ocorrido, o que não é permitido e configura-se como fraude no empreendimento. Diante da acusação, o diretor do consórcio, Elias Tergilene, reagiu. Em entrevista ao Caldeirão do Paulão, ele acusou o edil de tentativa de extorsão e disse que vai denunciar o vereador no Ministério Público.

Foto: Reprodução /TV Caldeirão

Segundo Elias, Luiz da Feira esteve em São Paulo acompanhado do vice-presidente do Sindicato da Associação dos Vendedores Ambulantes de Feira de Santana, Robson Leite, e pediu 250 boxes para a associação. O diretor afirmou que o pedido foi negado, sob a justificativa de que a distribuição de boxes compete a prefeitura municipal, e a isso se deve o descontentamento do vereador e as acusações dcontra o shopping. 

Repercussão na Câmara

Diante do contraponto, o asunto voltou a pautar os discursos na Câmara, nesta segunda-feira (8). Ao Acorda Cidade, Luiz da Feira contestou as afirmações do diretor do consórcio. “É uma denúncia muito grave. Isso realmente aconteceu? Não”, frisou. E contou a sua versão, alegando que esteve em São Paulo para fazer um curso pela Câmara, foi convidado por Elias para ir ao escritório dele e na conversa foi informado que o shopping terá 1.800 boxes e 300 lojas âncoras e disse que há mais de 600 camelôs que não estão cadastrados e precisaria de 300 a 600 boxes para eles. “Quantos pais de família saem para pegar feira, porque não tem opção hoje de garantir um boxe em Feira de Santana? Minha razão é essa”, afirmou o vereador.

Luiz ressaltou também que vai acionar a justiça por difamação. “Hoje Feira de Santana conhece Luiz da Feira. Jamais vou negociar 250 pontos para mim. Eu não tenho esse caráter. Eu tenho ambição sim, para ajudar o camelô e o próximo, não para querer me corromper como vereador”, acrescentou.

Vendas de boxes

Sobre a vendas de boxes, o verador persiste na informação. Segundo ele, embora esteja sendo informado que são 1.800 espaços desse tipo, o total será 2600. “Vocês vão ver a situação do shopping popular, quando terminar, quantos boxes irão sobrar e quantos eles já não estão fazendo negócios”.

Questionado se tem como provar as vendas, Luiz garante ter áudios de dois chineses e um brasileiro sobre o assunto, vários orçamentos de comerciantes do Feiraguay e acrescentou que no domingo (7) tinha média de 40 pessoas “se movimentando no Centro atrás de boxes”. “Isso não é normal, Feira toda sabe. Estou falando o que está acontecendo com o shopping popular e eu, como vereador vou denunciar, pois sou representante do povo”, bradou.

Sobre ser denunciado no Ministério Público, o vereador afirma estar pronto. “As provas de que eu estive lá, gravou, tem filmagem, ele que coloque. Sou um homem de bem e estou aqui para representar os camelôs”.

Providências da Câmara

Diante das denúncias, o presidente da Câmara José Carneiro (PSDB) informou a nossa reportagem que acionou a corregedoria da Casa, para que ouça Luiz da Feira e convoque o diretor do consórcio, Elias Tergilene.

“As duas denúncias são graves e eu gostaria de fazer só uma pergunta: Se Luiz tivesse 'rabo preso', faria essa denúncia? Acho que não. Então vou confiar plenamente no vereador e o vereador não iria fazer uma loucura se tivesse feito uma proposta dessa”, defendeu. E completou: “E o empresário também faria uma coisa dessa se não tivesse alguma prova? É um questionamento que eu confesso que não sei responder. O que eu sei é que a Casa vai apurar e punir quem estiver errado. Mesmo porquê, a ação de danos morais será do vereador Luiz. Se necessário, toda a assessoria jurídica a Câmara vai dar ao vereador”. 

Com informações do repórter Paulo José. do Acorda Cidade

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