Salvador

Aeroporto alega prejuízo de R$ 10 milhões e diz que voos da Avianca só decolarão após repasse de tarifas

Vinci Airport informou que medida passa a valer a partir de segunda-feira (8) e que passageiros devem verificar previamente status da viagem antes de se dirigir a terminal.

Acorda Cidade

A empresa que administra o aeroporto de Salvador, a Vinci Airport, informou que, a partir da próxima segunda-feira (8), aviões operados pela companhia aérea Avianca, atualmente em processo de recuperação judicial, somente serão autorizados a decolar caso a empresa repasse previamente ao aeródromo as tarifas relativas ao voo.

A Vinci diz que, na capital baiana, atualmente existe ordem judicial que obriga a Avianca a normalizar repasse das tarifas de embarque ao Salvador Bahia Airport, ordem esta que, conforme a empresa, ainda não foi cumprida, causando um prejuízo que se aproxima de 10 milhões de reais.

Com a decisão, a Vinci recomenda que os passageiros que adquiriram passagens juntos à companhia aérea verifiquem o status de sua viagem antes de dirigirem-se ao terminal.

A Vinci afirma que a Avianca foi notificada da mudança de seu status no que se refere à política tarifária e a decisão também já foi repassada à Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC).

A empresa ainda disse que solicitou que a Avianca adote todas as medidas necessárias para evitar atrasos na liberação dos voos, devendo os passageiros serem devida e previamente avisados sobre toda e qualquer ocorrência que tenha impacto sobre os voos programados.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Avianca, que informou que está ainda apurando o caso e que, em breve, dará um retorno.

Na noite de quinta-feira (4), um voo da Avianca que seguia de Brasília para Congonhas, em São Paulo, foi impedido de decolar porque o avião foi penhorado pela Justiça. Passageiros e tripulantes, que já tinham embarcado, ficaram por uma hora e dez minutos dentro da aeronave e foram retirados por oficiais de Justiça.

O "confisco" do avião partiu de uma decisão liminar que atendia a um pedido dos credores da companhia. A Avianca conseguiu reverter a liminar, mas os oficiais de Justiça já tinham ido ao aeroporto e houve o atraso.

Recuperação judicial

A Avianca, quarta maior companhia aérea do país, está em recuperação judicial desde dezembro de 2018. A companhia acumula prejuízos e atrasos em pagamentos de arrendamentos de aeronaves.

A Latam Airlines Brasil e a Gol anunciaram na quarta-feira (3) que concordaram em fazer uma oferta, cada uma, por pelo menos uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) da Avianca Brasil. Com as propostas, ambas companhias entrariam na disputa pelos ativos da aérea junto da Azul.

Em nota, a Avianca Brasil informou que o novo plano de Recuperação Judicial será submetido aos seus credores na próxima Assembleia Geral, com data mantida para esta sexta-feira (5). "O novo plano prevê a criação de sete UPIs (Unidades Produtivas Isoladas), que serão, em breve, constituídas e levadas à leilão judicial, em data a ser definida", disse a aérea, acrescentando que segue operando normalmente com seus pousos e decolagens.

Fonte: G1

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