Rachel Pinto
O gerente regional da Embasa, Euvaldo Neto, esteve na Câmara Municipal de Vereadores de Feira de Santana, na manhã desta quarta-feira (27), a convite do vereador Edvaldo Lima (PP) e fez uso da tribuna para explicar a situação da falta de água em diversos bairros e distritos da cidade.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Ele frisou que o sistema de abastecimento de água em Feira de Santana tem um modelo integrado e abrange também os municípios de Conceição da Feira, São Gonçalo dos Campos, Tanquinho e Santa Bárbara. De acordo com ele, um dos motivos da falta de água tem relação com o verão atípico que ocorreu em 2019. Feira de Santana teve um aumento de 30% do consumo e mesmo a Embasa operando com 100% da sua capacidade, não consegue atender a toda a demanda.
“A produção é em torno de 1.500 litros por segundo e nesse período com o aumento do consumo a gente necessitaria em torno de 1.750 litros. Então durante o dia como nós estamos no limite da produção, há uma baixa de pressão na rede. Residências que têm reservatórios elevados não conseguem durante o dia abastecê-los. Só no período da noite é possível realizar o abastecimento porque há a redução das demandas e assim o aumentamos as pressões”, afirmou.
Investimentos
Euvaldo Neto comentou também que a Embasa vem investindo muito em Feira de Santana nos últimos anos. Um montante de cerca de 300 milhões de reais que compreendem também o Centro de Reservação Norte e a finalização do Centro de Reservação Leste. Dentre os novos investimentos haverá a construção do Centro de Reservação do Tomba e a duplicação da adutora de Feira de Santana.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Essa obra de duplicação da adutora, por exemplo, é uma obra que tem um longo prazo, tem grande porte e será no mínimo uns cinco anos para a finalização. Nesse período vamos investir em outras soluções, como o combate a fraudes e a organização das manobras de abastecimento.
“Hoje em Feira de Santana temos muita perda de água por fraudes e isso dificulta o abastecimento. Desestabiliza todo o sistema da Embasa, principalmente da zona rural. A Embasa a curto prazo está aumentando a sua capacidade. Nesse momento, dentro da sede ainda não temos um calendário de manobras, mas na zona rural, por motivo desse aumento de consumo e irregularidades, estamos fazendo manobras na zona norte, nos distritos de Matinha, e Tiquaruçu. São manobras acertadas com as lideranças locais”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.