Feira de Santana

Ações de combate ao mosquito da dengue vão contar com apoio de várias secretarias municipais

O prefeito Colbert Martins pediu o apoio da comunidade.

Daniela Cardoso e Ney Silva

Novas ações de combate ao mosquito da dengue, principal vetor das arboviroses dengue, zika e chikungunya vão ter a participação das secretarias de Agricultura, Serviços Públicos, além da de saúde e de outras estruturas que forem necessárias. O anúncio foi feito pelo prefeito Colbert Martins da Silva Filho numa coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (25). O prefeito Colbert Martins pediu o apoio da comunidade.

“A prefeitura está toda voltada para esse trabalho, há duas semanas que já estávamos trabalhando dessa forma, mostrando inclusive a quantidade de trabalho que já fizemos, quantos bairros. Todas as secretarias vão estar conosco. A população precisa contribuir também para que o combate comece dentro de casa, pois quem joga uma casca de ovo, uma latinha, está contribuindo para o aumento da quantidade de mosquito e são mosquitos transmissores da dengue. Temos que ter esse cuidado”, afirmou.

Com relação ao número de agentes de endemias em Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins afirmou que reconhece a necessidade de ter mais, mas lembrou que existem limites para contratação e disse que toda equipe está se esforçando em prol do trabalho.

“Feira de Santana tem agentes comunitários que estão ajudando, agentes de endemias que neste momento são necessários, eu espero também que essa epidemia passe, toda epidemia chega a um ponto e reduz, então não adianta nós fazermos uma contratação agora para daqui a três, quatro meses ter que dispensar todas essas pessoas. Mas nós estamos adequando todo mundo da prefeitura que pode estar trabalhando, os agentes de bairro, os agentes de distrito, nós estamos fazendo um esforço maior para que a gente possa vencer esse momento”, disse.

A secretária de saúde Denise Mascarenhas falou sobre as notificações nesses dois primeiros meses de 2019. Segundo ela, em janeiro foram notificados 1.221 e em fevereiro, até o momento, pois ainda não foi concluído o mês, foram 482 casos. Ela informou ainda que pelo Lacem, são 616 casos confirmados.

A secretaria disse também que o aumento dos casos de dengue não ocorre somente em Feira de Santana, mas a nível mundial. Ela explicou que Feira aparece nas estatísticas, por que o município tem uma vigilância muito atuante para notificar.

“A medida que você notifica, você tem como agir. Percebemos a redução de janeiro para fevereiro e isso mostra o trabalho. Então a medida que a gente notifica que teve qualquer tipo de sintoma, a gente tem como ir naquela região, tem como orientar e tem como controlar. É importante que nós saibamos que as notificações são importantíssimas”, disse Denise.

O secretário de Serviços Públicos, Justiniano França, explicou como a secretaria está atuando para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti.

“Estamos trabalhando conjuntamente e fazendo nossas ações junto com a fiscalização nos terrenos baldios e também executado limpeza de alguns. O custo dessa limpeza é de responsabilidade dos proprietários dos terrenos. Tem aumentado muito esse tipo de descarte de forma irregular, e hoje temos um problema que alguns locais de forma inadequada estão sendo jogados também resíduos de cocos. Isso tem contribuído para o aumento do mosquito da dengue. Precisamos combater isso com fiscalização e multa”, destacou.

Justiniano acrescentou que vai trabalhar junto com a secretaria da Fazenda para que as notificações possam surtir efeito com as cobranças desses agentes que tem contribuído de forma negativa na limpeza pública do município.

Com relação a terrenos baldios, o secretário de serviços públicos informou ainda que lixo e entulho chegam a um gasto de cerca de 100 mil reais para limpezas dessas áreas, devido aos descartes feitos de forma irregular.

O secretário de agricultura Joedilson Freitas afirmou que a pasta também está colaborando no combate ao mosquito da dengue com o compromisso de tentar diminuir cada vez mais os focos de dengue em Feira de Santana, especialmente na zona rural, onde, segundo ele, os administradores precisam colaborar no trabalho preventivo ao mosquito da dengue.

“Se você analisar direito, o que acontece é que na zona rural do nosso município, nós temos o abastecimento de água através dos carros pipas e também tem aquele período em que tem aquelas chuvas principalmente, agora com as chuvas sazonais, e isso faz com o que as calhas acumulem um pouco de água e esse pouco de água já é o suficiente para que os mosquitos possam fazer a sua eclosão, então dentro dessa logística, nós chamamos os nossos administradores, os agentes para orientar a população para ficar de olho com relação a algum ponto que tenha acúmulo de água”, disse.

Participaram ainda dessa coletiva de imprensa o superintendente de trânsito Maurício Carvalho, o secretário de desenvolvimento urbano José Pinheiro, a equipe da vigilância epidemiológica e a coordenação do centro de endemias.

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