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7 dicas para estimular a independência das crianças

De acordo com a fonoaudióloga e psicopedagoga, Marli Kondo, profissional da equipe de Fisioterapia Neurológica Pediátrica da Clínica Walkíria Brunetti, alguns aprendizados são naturais, por observação e imitação do comportamento dos colegas da escola, dos pais ou irmãos.

Acorda Cidade 

É muito comum que os pais sintam saudades da fase em que os filhos eram pequenos ou bebês. Mas, não há como parar o tempo. Por isso, é importante aproveitar ao máximo cada fase do desenvolvimento infantil. Entretanto, também faz parte da maternidade e da paternidade incentivar a autonomia e a independência dos pequenos.

De acordo com a fonoaudióloga e psicopedagoga, Marli Kondo, profissional da equipe de Fisioterapia Neurológica Pediátrica da Clínica Walkíria Brunetti, alguns aprendizados são naturais, por observação e imitação do comportamento dos colegas da escola, dos pais ou irmãos. “Além da imitação, a criança também precisa de vários estímulos para desenvolver as habilidades necessárias para sua autonomia”, reforça a especialista.

Pais não devem fazer tudo pela criança

De acordo Marli, as atividades da vida diária como vestir-se, tomar banho, escovar os dentes, comer, entre outras, estimulam a coordenação motora, a cognição e são fundamentais para o processo de aprendizagem escolar.

“Portanto, quanto mais os pais incentivarem a criança a se independer, melhor. O oposto também é verdadeiro: quando os pais fazem tudo pela criança, podem ocorrer sérios prejuízos ou atrasos no processo de desenvolvimento que podem prejudicar a vida escolar e a vida como um todo”, ressalta Marli.

Cada coisa no seu tempo

Não existe um manual de como ser mãe ou pai ou ainda do que é certo ou errado na criação dos filhos. Assim, o mais importante é que os pais se tornem conscientes e procurem se informar sobre o assunto para aplicar os estímulos certos, de acordo com cada fase do desenvolvimento.

"Os pais devem procurar conhecer o que é esperado para cada idade, o que pode e deve ser estimulado, o que precisa de supervisão, entre outros aspectos”, comenta a psicopedagoga.

Com a ajuda da especialista, preparamos sete dicas para ajudar os pais a incentivarem a autonomia dos filhos, de acordo com as fases do desenvolvimento infantil. Confira.

Hora da comida: Hoje há diversos métodos para a introdução alimentar. Deixar a criança comer com as mãos no início pode ser muito bom, pois irá incentivar a coordenação motora fina, assim como o tato. Ao longo do processo, é possível introduzir os talheres, como as colheres e os garfos, que já podem ser usados por bebês a partir de um ano. Este aprendizado é longo. Espera-se que por volta dos quatro anos completos a criança já seja capaz de se alimentar sozinha, pelo menos usando a colher.

Com que roupa eu vou? Os atos de vestir-se ou despir-se são atividades da vida diária essenciais. Os pais podem começar a treinar ou a incentivar o interesse depois que a criança completar um ano e meio ou menos. Tirar ou colocar sapatos e meias, tirar as peças íntimas, colocar uma calça, um vestido, etc. Espera-se que ao longo do tempo a criança aprimore essa habilidade. Vale lembrar que para os mais velhos é fundamental que os pais ensinem a fechar e abrir zíperes, amarrar cadarços, abrir e fechar botões. Todas essas habilidades contribuem para o desenvolvimento da coordenação motora fina.

Uma mão lava a outra: Lavar as mãos é um ato altamente recomendado para qualquer pessoa, inclusive para as crianças. Esse aprendizado pode e deve ser feito por volta dos 12 meses. Aos dois anos, espera-se que a criança já saiba lavar e secar as mãos sozinha.

Banho é muito bom: O banho já é uma atividade que necessita de supervisão por mais tempo, por vários motivos. Para as crianças que tomam banho na banheira, a principal razão é prevenir afogamentos. O banho é um momento que exige cuidados para a criança não escorregar, cair, entre outros. Além disso, lavar a cabeça, o corpo e todo o resto são aprendizados que demoram mais tempo. O ideal é que por volta dos seis anos a criança consiga tomar banho sozinha, mas ainda com a supervisão de um responsável. O aprendizado pode começar por volta dos três anos em diante ou antes, de acordo com o perfil de cada criança.

Dentinhos limpos: A higiene bucal deve começar ainda no primeiro ano de vida. Entretanto, escovar os dentes é uma atividade mais complexa, com uma curva de aprendizado mais longa. Aos quatro anos, a criança pode escovar os dentes sozinha, desde que os pais supervisionem a atividade. A autonomia total na higiene oral só ocorre por volta dos sete anos em diante.

Desfralde: O desfralde deve ser iniciado por volta dos dois anos e meio. Espera-se que por volta dos quatro anos a criança já tenha desfraldado, tanto da urina, quanto das fezes. Até por volta dos sete anos, os pais precisam ajudar ou ainda supervisionar os pequenos a fazer a higiene correta na hora de usar o banheiro, para evitar infecções, como a cistite, por exemplo. Crianças com quatro anos completos, que ainda não conseguiram desfraldar, devem ser avaliadas por um especialista. Isto vale tanto para a urina, quanto para as fezes.

Tarefas domésticas: Outra forma de incentivar a autonomia da criança é envolvê-la nas atividades da casa. Lavar a louça, regar as plantas, ajudar a colocar a mesa para o jantar, jogar a roupa suja no devido lugar, guardar os próprios brinquedos. Engajar a criança a participar da vida doméstica estimula a independência e contribui para que se sinta parte da família. Além disso, a participação nas tarefas domésticas ajuda no aprendizado do valor da responsabilidade, do trabalho em equipe, da colaboração e da importância da organização.
  

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