Educação

UFRB se destaca em produção tecnológica e obtém reconhecimento do RUF

As patentes da UFRB abordam diversos campos como tecnologias no setor de alimentos, engenharias, telecomunicações, marketing e acessibilidade.

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A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) fez o depósito na base do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de 33 patentes de invenções de seus pesquisadores, no período compreendido entre 2008-2017. Nos últimos dois anos, as estatísticas registram três pedidos em 2017; cinco pedidos em 2018 e a previsão neste primeiro semestre do ano é que alcance seis pedidos de patentes e dois de programas de computador.

A patente tem por objetivo proteger uma invenção e garantir ao titular os direitos exclusivos para usar sua invenção por um período limitado de tempo em um determinado país; ou de outrem utilizar somente com a autorização do titular da patente. A patente, em geral, incentiva o desenvolvimento econômico e tecnológico recompensando a criatividade do inventor.

As patentes da UFRB abordam diversos campos como tecnologias no setor de alimentos, engenharias, telecomunicações, marketing e acessibilidade.

A patente “Processo de uso de proteína texturizada de soja na fabricação de doce em calda” visa solucionar o problema da inexistência de doces em calda que não apresentem aditivos alimentares, alto teor de gorduras saturadas e trans, colesterol, além de sódio e açúcares em excesso, e que preservem a mesma textura e sabor dos doces convencionais.

De autoria das pesquisadoras Karina Zanoti Fonseca e Ana Gabriela Matos dos Prazeres, a invenção busca disponibilizar para a indústria alimentícia a aplicação comercial de sobremesas, que possam ser consumidas quentes ou frias, sem substâncias prejudiciais à saúde.

Outra patente depositada pela UFRB é sobre “Dispositivo para memorar senhas em cartões com chip”, de autoria dos pesquisadores Macello Santos de Medeiros, Tiago Palma Pagano, Carlos Freitas de Araújo e Elias Cunha Bitencourt.

Como componentes básicos do dispositivo têm-se o visor preferencialmente do tipo LCD/LED – também denominado de display -, a baia para inserção do cartão com chip -que é responsável por realizar a leitura do cartão (leitura do chip independente do seu tamanho)-, o leitor biométrico utilizado para o reconhecimento do usuário e entrada preferencialmente do tipo USB para alimentação do sistema (cadastro), saída para fone de ouvido, um sistema háptico/vibratório e uma bateria interna recarregável para fornecimento de energia necessária para o funcionamento do sistema.

Essa patente de invenção diz respeito ao desenvolvimento, obtenção e uso de um dispositivo, que possui como função principal ter a capacidade de realizar a leitura e permitir memorar as senhas dos cartões que possuem chip, de forma prática e segura, tendo em vista que a memoração visualização da senha só é permitida a partir da autorização dos usuários através de leitura biométrica do próprio usuário, bem como, de um pré-cadastramento do cartão no dispositivo.

O dispositivo possui aplicação direta no campo das engenharias, telecomunicações, marketing e acessibilidade, tendo como público alvo todos os usuários de cartões com chip, incluindo principalmente indivíduos da terceira idade, indivíduos com acesso limitado aos avanços tecnológicos e/ou portadores de limitações cognitivas.

Dessa vez, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Instituto Federal Baiano, pesquisadores da UFRB criaram o “Método de produção de pigmento fúngico amarelo”. A invenção conjuga o método para a produção e extração de pigmento natural amarelo estável a partir do cultivo da linhagem fúngica P. mallochii, para fins de utilização deste pigmento como agente colorante em alimentos, cosméticos, produtos farmacêuticos, papel, têxtil, plásticos e polímeros.

Os inventores são Patrícia Oliveira dos Santos, Milton Ricardo de Abreu Roque, Jorge Teodoro de Souza, Carlos Augusto Dórea Bragança, Caline Gomes Ferraz, Caroline Yamamoto Santos Martins e Ana Cistina Fermino Soares.

Programas de computador

A UFRB fez o registro de oito programas de computador – aplicativos – desde 2014. Um deles é o Quick Voice, que converte código de barras bidimensional (QR Code) em arquivo de texto, seja por escrito ou em áudio. O aplicativo de tecnologia assistiva facilita a vida de pessoas com deficiência visual ou auditiva. Os inventores são os pesquisadores Raphael Moura Mascarenhas, Ariston de Lima Cardoso e Susana Couto Pimentel.

O Quick Voice converte código de barras bidimensional (QR Code) em arquivo de texto, seja por escrito ou em áudio. Outro aplicativo, o Virtual Console: Simulador de treinamento em mesas de som se propõe a ser ferramenta educacional no aprendizado da manipulação em mesas de som analógicas. Ele foca na aprendizagem das diferentes formas de conexões entre uma mesa de som e os diversos equipamentos de áudio, como microfones, processadores, caixas de som, instrumentos e outros.

Os pesquisadores Adelmir de Souza Machado Filho, Macello Santos de Medeiros, Marjorye Andrade de Brito e Tiago Palma Pagano são os inventores do aplicativo.

Periódicos

O crescimento do número de artigos científicos publicados em periódicos indexados na base Web of Science, que cobre aproximadamente 12 mil periódicos; e a ampliação do número de patentes depositadas no INPI tem contribuído, progressivamente, para o avanço da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no cenário nacional e internacional, do modo de ver e se fazer ciência.

Web of Science é um serviço de indexação de citações científicas com base em assinaturas on-line originalmente produzido pelo Institute for Scientific Information, posteriormente mantido pela Clarivate Analytics, que fornece uma pesquisa abrangente de citações de autores.

No ranking externo

A UFRB é a segunda colocada no estado da Bahia em inovação tecnológica, de acordo com o Ranking Universitário da Folha (RUF 2018). O ranking é produzido desde 2012, pelo jornal Folha de S. Paulo. Em comparação ao ano de 2017, a UFRB subiu para 24º posição entre 196 universidades pesquisadas, para o indicador de Inovação em âmbito nacional. O RUF é um ranking de ensino superior que avalia e classifica as 196 instituições credenciadas como universidades públicas e privadas, pelo Ministério da Educação (MEC).

No item “Inovação” são avaliados dois componentes para efeito de produção do ranking: patentes pedidas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) no período de dez anos (2007-2016); e quantidade de estudos publicados pela universidade em parceria com o setor produtivo, nos periódicos indexados na base Web of Science, no período de 2011- 2015 e 2016 para citações.

Em publicações internacionais, a UFRB tem como principal parceiro, os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), neste período entre 2011 e 2015. Juntos produziram 192 artigos.

Outros números

A classificação do RUF aborda as 196 instituições brasileiras a partir de indicadores de pesquisa, ensino, mercado, internacionalização e inovação, com base em dados nacionais e internacionais e em duas pesquisas de opinião do Datafolha.

A UFRB melhorou sua colocação no ranking em 3 dos 5 indicadores pesquisados. Os indicadores que apresentam melhores índices em relação ao RUF 2017 são: Pesquisa que corresponde a 42%, Ensino com 32%, Mercado com 18%, Internacionalização com 4% e Inovação com 4% da nota geral.

Difusão do conhecimento

A Coordenação de Criação e Inovação (Cinova) é uma instância ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), tem por objetivo apoiar a gestão da política de inovação da UFRB, através da realização de ações estratégicas de atuação institucional no ambiente produtivo local, regional ou nacional; dentre as suas atribuições destaca-se a difusão do conhecimento sobre o tema propriedade intelectual e viabilização de trâmites necessários para a proteção do conhecimento gerado na UFRB por meio de patentes.

 

  

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