Saúde

Secretário de saúde de Goiás visita Feira para conhecer modelo da policlínica regional

De acordo com o secretário Ismael Alexandrino, esse modelo contribui para a regionalização da saúde, de forma a descentralizar e tornar o acesso mais próximo da população.

Laiane Cruz

O secretário de Saúde do Estado de Goiás, Ismael Alexandrino Júnior, esteve em Feira de Santana, na manhã desta quarta-feira (6), acompanhado do secretário de saúde da Bahia, Fábio Villas-Boas. O objetivo da visita foi conhecer o modelo de policlínica regional implantado no estado com a expectativa de também implantá-lo em Goiás.

Foto: Ney silva/Acorda Cidade

De acordo com o secretário Ismael Alexandrino, esse modelo contribui para a regionalização da saúde, de forma a descentralizar e tornar o acesso mais próximo da população. Ele informou que o processo de regulação de leitos em Goiás não é tão estruturado, pois ainda não está clara a relação do estado com os municípios.

“Existem três municípios que têm gestão plena e nós estamos fazendo um movimento agora de levar a regulação para o nível estadual, para que o estado possa enxergar todas as unidades de saúde, enxergar a população e ficar mais clara a relação do município com o estado”, explicou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Assim como outros estados, Goiás, segundo o secretário, sofre com o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o quantitativo de verbas repassado pelo governo federal, sobretudo após a aprovação da PEC do teto de gastos. “Há uma PEC em que foram paralisados os gastos com a saúde no ano anterior, por vários anos, uma PEC que para o acesso à saúde, ela é muito ruim.”

Ele destacou ainda que o que mais chamou sua atenção em relação às policlínicas baianas foram a organização, o agendamento e o recolhimento das pessoas nas suas proximidades de casa.

“A policlínica regional não tem aquele aspecto inchado de muita gente em pé, esperando. Então com esse agendamento, eu achei interessante, algo que a gente precisa implementar. Uma coisa que me chamou bastante atenção é a organização da policlínica como o todo. É um ambiente agradável, digno, o humanismo está presente aqui, a gente percebe com imagens que tenta-se quebrar a frieza do ambiente, que geralmente é um estímulo do tratamento da saúde. Eu gostei bastante do que vi aqui”, completou.

Modelo exitoso

O Secretário de Saúde, Fábio Villas-Boas, declarou que o modelo das policlínicas regionais inauguradas na Bahia tem alcançado êxito e levado assistência à população que antes não era atendida.

“É uma experiência inovadora, que traz um modelo de financiamento de gestão do sistema de saúde diferente do que vem habitualmente sendo implantado em todo o Brasil. Nós temos ainda uma grande quantidade de policlínicas para serem inauguradas ao longo do ano de 2019 e nós estamos, através desse intercâmbio, aprendendo com experiências do secretário de Goiás, que tem uma vasta experiência já desenvolvida em anos anteriores no Distrito Federal e pretendemos aqui na Bahia vir a implantar alguns modelos vitoriosos que ele teve o desafio de implantar nos anos anteriores”, afirmou Fábio Villas Boas.

De acordo com ele, a policlínica regional de Feira está funcionando, mas assim como as outras policlínicas, está sendo aberta aos poucos. “A gente vai aprendendo a gerenciar o modelo. Teve toda dificuldade de contratação de médicos, de profissionais e a gente vai vencendo isso aos poucos. Eu acredito que antes dela vir a completar 1 ano, nós vamos estar com toda a sua capacidade de atendimento atingida”, ressaltou.

Sobre a participação de Feira de Santana na administração da policlínica, Fábio Villas Boas afirmou que o município se mantém, mas deixou de realizar os repasses. “O prefeito Colbert Martins já disse que não vai sair e nós vamos agora apenas verificar com ele os meios que ele deixou de pagar. Vamos ver aí como ele faz. O débito não é muito alto, mas faz falta quando uma cidade do tamanho de Feira de Santana deixa de pegar”, disse.

Quanto à regulação, o secretário acrescentou que o estado conseguiu reduzir o número de pessoas em espera em 50%. “Reduzimos o tempo médio de espera de um leito de nove dias para 2,5 dias. A meta é que até o meio do ano a gente consiga regular esses pacientes dentro de 24 horas.”


 

Com informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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