A possibilidade de uma candidatura da primeira-dama Fátima Mendonça à prefeitura de Salvador, em 2012, pode deixar o seu marido, o governador Jaques Wagner (PT), com o coração dividido. É que, para o vereador petista Henrique Carballal, é remota a chance de seu partido não ter candidato para a disputa, e Fátima é filiada a outro partido, o PV. “Fátima é genial, uma mulher de fibra, mas politicamente vou votar no candidato do meu partido e acredito que o governador também”, afirmou. O edil admitiu a hipótese de o seu partido decidir apoiar uma candidatura do PV, mas a desconsiderou: “O PT certamente vai ter candidato a prefeito, agora Fátima pode ser uma boa vice”, sugeriu. De acordo com o que publica o jornal A Tarde, a possibilidade da candidatura de Fátima divide juristas sobre sua legalidade. Ela pode ser considerada inapta por parentesco, já que o Artigo 14 da Constituição que diz serem inelegíveis “no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins (…) de governador de Estado”. Contudo, uma interpretação diferente apareceu com a Lei Complementar 64, de 18 de maio de 1990. Ela separa a jurisdição de cada candidato. Isso significaria que o município não faz parte do território da jurisdição do governador. (BN)
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