Feira de Santana

Coordenador regional do Inema diz que barragens de rejeitos da Bahia não correm risco de romper

O órgão é uma autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, responsável por monitorar e acompanhar as 436 barragens no estado.

Laiane Cruz

Atualizada às 13:32

Desastres como os que ocorreram em Minas Gerais, envolvendo as barragens de rejeitos de minérios de Fundão, em Mariana, há mais de três anos, e recentemente a do Feijão, em Brumadinho, não têm risco de ocorrer na Bahia atualmente, afirmou o coordenador regional do Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), em Feira de Santana, Messias Gonzaga. (Assista ao vídeo)

De acordo com ele, o órgão é uma autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, responsável por monitorar e acompanhar as 436 barragens no estado, dentre as quais apenas 34 são de rejeitos de minérios, e o restante são de águas.

“Há muitas diferenças entre as barragens de Minas Gerais e as da Bahia. Um professor da Ufba deu uma entrevista importante dizendo que em Minas Gerais as barragens de rejeitos foram feitas de modo mais rudimentar, que não se usa mais hoje. Foram feitas com o próprio material de rejeitos, a montantes nos rios.

"Aqui na Bahia nunca se permitiu que isso acontecesse. Elas são feitas a jusante, com material de concreto, semelhantes às barragens de águas. Então são bem mais seguras, não há ameaça de nenhuma delas desabar. Posso tranquilizar a população”, afirmou Messias Gonzaga.

O coordenador regional do Inema destacou também os prejuízos que a lama de rejeitos causa às pessoas, plantas, animais e ao meio ambiente.

“A lama tóxica dos rejeitos de minerais é altamente perigosa, nociva à saúde humana, aos animais, à flora. Então tudo é muito danoso, um perigo iminente qualquer desabamento de barragens de rejeitos. O desastre é imenso. E eu quero chamar a atenção que as duas barragens que ruíram são de responsabilidade da Vale do Rio Doce, da Samarco, que tem lucros aviltantes e não cuidou da segurança das suas barragens”, salientou.

Leia também: Bahia tem maior número de barragens do país com estrutura comprometida 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
 

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