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Um publicitário baiano viralizou nas redes sociais, na última semana, após criticar o Colégio Antônio Vieira, localizado em Salvador, por usar um livro do ator Lázaro Ramos no material didático dos estudantes do ensino médio. Internautas apontam racismo.
O livro criticado pelo publicitário é "Na Minha Pele", que aborda empoderamento negro e preconceito, entre outras reflexões de Lázaro Ramos. Na publicação, Leo Pirão, como é conhecido, chama a obra de lixo.
"É esse tipo de lixo que as escolas estão empurrando goela abaixo nos nossos jovens. Mandar seu filho ao colégio é uma forma de destruí-lo. Pais, atenção total com seus herdeiros", escreveu o publicitário.
Em outra parte, o publicitário completa: "A intenção é destruir os jovens. A escola é a maior responsável pela mutilação psicológica dos seus alunos".
Nos comentários, alguns internautas se posicionaram a favor de Leo Pirão: "Absurdo! Com tanto autor de qualidade em nosso país! Cabe aos pais reclamarem… se minha filha ainda estivesse lá, certamente eu seria uma das primeiras", disse uma internauta.
Outro internauta rebate: "Porque que um livro que fala sobre como refletirmos o quanto deixamos de potencializar talentos brasileiros por causa do preconceito racial; que fala sobre parar de negar, buscar e passar a valorizar nossa identidade perdida, é lixo? Vivemos em um país de diversidades. Ensinar que vivemos nele e que todas as diversidades tem que serem respeitados não é lixo". "Racista", diz outro internauta.
O Colégio Antônio Vieira é uma instituição tradicional da rede privada da capital baiana. Por telefone, a assessoria da unidade de ensino informou que a instituição não vai se posicionar sobre o assunto.
A assessoria de Lázaro Ramos também informou que o ator não vai comentar o caso.
O G1 tentou falar com o publicitário Leo Pirão, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
Fonte: G1