Saúde

Autoavaliação e escala de prioridades são fundamentais para manter a saúde mental

O assunto é sério e atinge tantas pessoas, que a campanha do Janeiro Branco faz uma alerta sobre a saúde mental.

Acorda Cidade

A correria do dia a dia, o imediatismo em resolver problemas ou obter respostas rápidas tem deixado grande parte da população estressada e ansiosa, provocando alterações emocionais, fazendo com que se perca o equilíbrio mental. Para evitar o desequilíbrio emocional e manter a mente sã, o psiquiatra Thiago Guedes e a psicóloga Joyce Pontes do Hapvida dão dicas fundamentais para encarar os problemas diários. A primeira delas é fazer uma autoavaliação e eleger prioridades.

O assunto é sério e atinge tantas pessoas, que a campanha do Janeiro Branco faz uma alerta sobre a saúde mental. O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população.

De acordo com o psiquiatra Thiago Pontes, a autoavaliação é necessária para se observar o grau de prioridades que se dá aos afazeres do dia a dia. “Algumas perguntas precisam ser respondidas como: Será que é necessário tanta urgência em resolver ou responder algo? Caso não responda agora, quais as consequências? Isso irá me afetar tanto assim? Sabendo responder essas perguntas, faremos uma escala de prioridades, o que facilita o nosso dia a dia”, observa.

O médico destacou ainda, que é importante perceber que nem tudo depende apenas de um indivíduo e que não se pode controlar o mundo. “Saber dos limites e aceitá-los é uma outra forma de prevenir o descontrole emocional. Ter momentos de lazer é fundamental para um equilíbrio emocional. Deixar um tempo para fazer o que gosta, estar perto das pessoas que te fazem se sentir bem é fundamental para manter a mente saudável”, explica Thiago.

Um outro alerta feito pela psicóloga Joyce Pontes diz respeito a relação entre a prática da saúde física e mental, onde uma depende da outra para ambas estarem em pleno funcionamento. “Na falta de saúde mental, qualquer resposta negativa sobre algo desejado pode se tornar uma frustração, pensamentos e emoções mal elaborados, além de comportamentos inadequados. Por estes e outros fatores é necessário cuidarmos da nossa saúde mental, e para isso é essencial buscarmos nossa autoaceitação, o autoconhecimento das nossas emoções. Aprender a dizer não as pessoas e situações que não nos fazem bem, sair da nossa zona de conforto, ser gentil com você mesmo e com os demais”, pontua.

Também é importante, segundo a psicóloga, dormir e se alimentar bem, manter boas amizades, compreender os erros e incentivar-se sempre na busca da melhorar enquanto pessoa, investir no lazer, e procurar uma ajuda profissional. “Tudo isso além de melhorar a autoestima, acaba influenciando a saúde em geral”, garante a especialista. 

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