Saúde

Fisioterapeuta dá dicas para escolha da mochila escolar

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, deve-se levar em conta alguns fatores no momento da escolha do modelo.

Acorda Cidade

A partir de 28 de janeiro começam as aulas na maioria das escolas. Junto com a chegada do calendário escolar, vem o planejamento da compra de livros novos e provavelmente da mochila nova. Na hora da escolha, não deve-se observar apenas a beleza e o design das mochilas. A principal preocupação que os pais devem ter é com o peso que será colocado nas costas dos filhos ou deslocado por eles, caso o modelo escolhido seja de rodinhas. O professor do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio da Bahia, Marcelo Lemos, dá algumas dicas de como evitar os problemas provocados por uma escolha inadequada do modelo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, deve-se levar em conta alguns fatores no momento da escolha da mochila: o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança. Por exemplo, uma criança com 40 Kg de peso não deve ter uma mochila que pese mais de 4kg; materiais mais pesados devem ser colocados no centro e próximo às costas; escolha mochilas de alças acolchoadas, firmes e reguláveis, com largura mínima de 4cm e modelos com cinto abdominal ajudam a equilibrar o peso. “Os acometimentos mais comuns causados pelo uso contínuo de uma mochila inadequada, má postura, peso excessivo ou desequilíbrio do peso das mochilas são a hipercifose, conhecida popularmente como corcunda, e a escoliose, que é conhecida como coluna em s”, explica Marcelo.

Além do peso, Marcelo ressalta que devem ser tomados cuidados também na forma de uso das mochilas. “Brinquedos e outros objetos que não façam parte dos materiais escolares não devem ser colocados nas mochilas. Colocar uma garrafa de água mais pesada na bolsa lateral da mochila também pode contribuir para o desequilíbrio”, completa.

Segundo o especialista, a mochila deve ser posicionada de forma que fique centralizada na coluna vertebral com as alças ajustadas simetricamente nos ombros. Desta forma, há uma distribuição adequada do peso, minimizando a necessidade de inclinações para compensações, pois estas geram sobrecarga nos músculos, ossos e articulações, o que potencializa o desenvolvimento de dores e lesões. “O tamanho da criança deve ser levado em consideração, as alças devem ser reguladas de forma que a parte inferior da mochila fique na linha da cintura ou um pouco abaixo, mas nunca abaixo da altura dos glúteos”, afirma.

As mochilas com rodinhas também são aceitáveis, desde que respeitem a carga de no máximo 10% do peso corporal, e não devem ser utilizadas por crianças que tenham que carregá-las para subir escadas, o que gera postura inadequada e dores na coluna. “Devemos estar sempre atentos às queixas de dores nos ombros, nas costas e nos joelhos. Nesses casos um especialista deve ser consultado, imediatamente, para que o problema não evolua”, explica o professor.

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