Política

Alice Portugal não descarta candidatura à prefeitura de Salvador em 2020

De acordo com a comunista, a candidatura de 2016 serviu para trazer a presidente Dilma Roussef a Salvador.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) não descarta uma nova candidatura à prefeitura de Salvador em 2020. “Eu tenho responsabilidade na cidade de Salvador para essa candidatura, construímos essa caminhada”, afirmou ontem em entrevista ao programa "Política Na Mesa", da Rádio Câmara Salvador. De acordo com a comunista, a candidatura de 2016 serviu para trazer a presidente Dilma Roussef a Salvador, para reclamar do impeachment e defender o grande governo que o governador Rui Costa vinha fazendo aqui no Estado. “Foi um momento especial e fizemos um papel que talvez tenha surpreendido a cidade. Mas agora em 2020 nós precisamos nos preparar, acabaram as coligações, haverá coligações na majoritária, mas os partidos para fazer bancada nessa gloriosa Câmara Municipal terão que lançar nomes para pré-candidatos à prefeitura”, pontuou. Indagada, ela diz que o Brasil corre risco na democracia e também avalia o início de Jair Bolsonaro (PSL). “Com certeza, a democracia está sob risco, hoje o maior número de militares está em cargos, nada contra os militares, na sua função que é a defesa nacional, de defesa da soberania nacional, mas hoje mais do que nunca temos cargos ocupados por militares”, vocifera. Alice alega que há uma divergência enorme, uma fratura exposta entre o presidente eleito, entre o clã Bolsonaro e o vice-presidente o general Hamilton Mourão. “Isso é um perigo para a nação. Aliás, a gente viu uma presidenta eleita receber o impeachment sem um crime. Está solta e foi candidata, e o vice anteposto gerou essa ordem de prejuízo e de instabilidade, ao lado de um maestro que comprou boa parte da Câmara dos Deputados e orquestrou seu Eduardo Cunha”. Além disso, a parlamentar comentou que o Brasil corre o risco perder grandes vitórias. "As políticas públicas que conseguimos aprovar, a gratuidade no ensino, vai sair em instantes um decreto para ter acesso a arma no Brasil. Temos é que fortalecer a polícia e dar formação técnica a eles”, aponta. Outro tema abordado foi sobre a avaliação dos 14 dias do governo do novo presidente do Brasil. “Estou pessimista. Vocês viram que o ministro Ônix tem ido a público cotidianamente para dizer que o presidente se equivocou. Não basta você ser bom em redes sociais para ser um bom governante. Não basta você fazer discursos ideológicos sobre Cuba e Venezuela. Decretaram que acabou o socialismo no Brasil. Nós estávamos longe do socialismo aqui. Todo dia alguém tem que dizer que ele se equivocou. Seja o ministro ‘posto Ipiranga’ que é o ministro Guedes, da economia, ou o Ônix”. A deputada também falou que vai ser dura na crítica em relação à reforma da Previdência da nova gestão federal. “Ele tem anunciado que a primeira coisa a ser feita é a reforma da Previdência, pois a Previdência está acabando com tudo”, finaliza. As informações são da Tribuna da Bahia. 

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