Acorda Cidade
Com o início da estação mais quente do ano e a presença de chuvas irregulares, os cuidados com ambientes propícios para o alojamento do Aedes Aegypti devem ser redobrados. Durante o ano de 2018, 2.265 imóveis foram encontrados com focos do mosquito, desses 85,7% concentram-se em residências.
Evitar reservatórios de água destampados, virar garrafas e baldes com a abertura para baixo, colocar areia em vasos de plantas são as orientações passadas pelos técnicos e que a maioria das pessoas já conhecem. Visando intensificar ainda mais esse trabalho, os profissionais realizaram buscas e visitas, diariamente, durante todo o ano, inclusive nos finais de semana. No total 1.267.301 locais receberam ações dos agentes de endemias, mas a preocupação com os imóveis fechados ainda permanece.
Equipe registrou mais de 45 mil imóveis fechados
Edilson Matos, coordenador de endemias, relata que 45.886 mil prédios foram encontrados fechados em 2018, o número parece pequeno em relação ao quantitativo total de visitas, mas o impacto pode ser grande, trazendo sérios prejuízos. “A gente acaba ficando sem acesso a esses locais que podem conter focos e criadouros, colocando em risco a saúde da população e dificultando o nosso trabalho”, relata.
De acordo com o profissional, com a chegada do período de veraneio o trabalho fica ainda mais complicado. “As pessoas viajam sem tomar as medidas preventivas e comumente encontramos pias cheias de água, pneus abandonados com focos e o reservatório da geladeira sem a devida limpeza”, ressalta.
Inserir mais o cidadão no processo de prevenção
Com a preocupação de inserir ainda mais o cidadão nesse processo de prevenção, a Vigilância Epidemiológica traçou estratégias para 2019. Entre as medidas está uma maior integração entre o grupo de educação em saúde e os agentes de endemias nas ações das comunidades.
“O cidadão tem que entender que ele é o principal responsável pelo ambiente onde vive, pois, às vezes o agente vai lá, faz o trabalho e depois quando volta a residência está o mesmo problema novamente, o armazenamento de maneira desproporcional e desorganizado”, pontua a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Francisca Lúcia de Oliveira.