O economista Paulo Guedes, chamado de ‘Posto Ipiranga’ por Jair Bolsonaro durante toda a campanha eleitoral, tomou posse, nesta quarta-feira (2), como ministro da Economia do Brasil. Guedes foi o trunfo usado por Bolsonaro para acalmar os ânimos do mercado durante a corrida ao Planalto, uma vez que o presidente admitiu “não entender de economia”. Mestre e Doutor pela Universidade de Chicago, escola que é referência do pensamento econômico liberal, Guedes é um nome conhecido do mercado financeiro e foi fundador do banco Pactual, hoje BTG Pactual. Ao tomar posse como novo comandante da economia do país, Paulo Guedes destacou, de forma clara, quais serão as principais ações que adotará ao longo de sua gestão. “Nós temos que começar pelo controle de gastos. E você não precisa cortar dramaticamente, é não deixar crescer no ritmo em que cresciam os gastos públicos no Brasil. O teto está aí, mas um teto sem paredes de sustentação, cai. E essa parede de sustentação são as reformas. Nós temos que aprofundar reformas”.
Em seu discurso, o ministro da Economia ressaltou a importância de se modernizar o sistema previdenciário, simplificar a questão tributária e promover um programa de privatizações. “Nós vamos vender ativos, desacelerar a dívida. Talvez controlemos nominalmente essas despesas. Se a gente conseguir dois, três, quatro anos acelerando privatizações – travar esses gastos – eles se dissolvem, porque a economia vai crescer 3%, 3,5%. E isso, com mais 3,5%, 4% de inflação, o bolo cresce. Se essas despesas são mantidas nominalmente estáveis, dois ou três anos, isso deixa de ser essa asfixia para a saúde, para a educação, para a cidadania. O Brasil deixará de ser o paraíso do rentista e o inferno dos empreendedores”. Assim como o ministério da Justiça, de Sergio Moro, a pasta comandada por Guedes recebeu da imprensa a alcunha de “superministério”. Isso porque a pasta reunirá as atribuições dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio Exterior e Trabalho. Para abraçar todas essas tarefas foram criadas sete secretarias especiais que passam a ser comandadas por nomes da confiança do novo ministro.