Política

Wagner diz que eleição presidencial está 'maculada'

Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa.

O ex-governador da Bahia e senador eleito Jaques Wagner (PT) afirmou que a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que foi empossado ontem em Brasília, está “maculada”, pois, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi proibido de competir na corrida eleitoral. Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa. Em entrevista à imprensa, antes da posse do governador reeleito Rui Costa (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Wagner reiterou que a história mostrará que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu um golpe com a aprovação pelo Congresso Nacional do impeachment em 2016. “A história verdadeira se conta 10 ou 15 anos depois. Que é um golpe, ninguém tem dúvida. Pelo menos, aqueles que sabem que a democracia tem leis que devem ser cumpridas. Não há crime nenhum configurado da presidente Dilma. Evidentemente, que, no caso da eleição do atual presidente, ele foi eleito numa eleição que também está maculada. A história vai contar se interdição do presidente [Lula] foi política ou não. Se foi política, a eleição não correu na sua normalidade”, avaliou. Em mensagem de Ano Novo, o ex-presidente Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, voltou a reclamar de ser impedido de concorrer na eleição. “Em 2018, nós lutamos nas urnas para mudar esta situação de forma democrática. Mas fizeram de tudo para impedir que os eleitores se pronunciassem livremente. A começar pela proibição ilegal da minha candidatura, desrespeitando a vontade da maioria e até uma decisão da ONU [Organização das Nações Unidas] que garantia meus direitos políticos. […] Eles podem prender uma pessoa, como fizeram comigo, mas não podem encarcerar nossas ideias, muito menos impedir o futuro. 2019 será um ano de muita resistência e muita luta, para impedir que o nosso povo seja ainda mais castigado do que já foi”, disse no texto que foi divulgado anteontem. Wagner, ainda, falou sobre a eleição pela presidência do Senado, que tem Angelo Coronel (PSD) como um dos candidatos. “No fundo, essas questões serão decididas praticamente nos dias imediatamente anteriores a posse [dos parlamentares]”, declarou, ao contar que informou ao PT sobre a candidatura de Coronel. Além do baiano, aspiram a principal cadeira da Câmara Alta do Congresso Nacional: Renan Calheiros (MDB), Esperidião Amin (PP), Tasso Jereisatti (PSDB), Davi Alcolumbre (DEM) e Sérgio Petecão (PSD). As informações são da Tribuna da Bahia.

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