Rachel Pinto
Os acidentes de motos ocorridos em Feira de Santana, blitz da lei seca e políticas de educação no trânsito da cidade foram os assuntos abordados na tarde desta quinta-feira (27), em uma entrevista coletiva promovida pelo Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), junto com comandante do Policiamento Regional Leste, Coronel Luziel Andrade e o coordenador da 3ª Ciretan, Silvio Dias.
O diretor-geral do HGCA, José Carlos de Carvalho Pitangueira, informou que só neste ano já foram registrados 2.480 atendimentos envolvendo vítimas de acidentes com motos. Segundo ele, o objetivo da coletiva foi discutir providências para a prevenção dos acidentes.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Quando se tem um aumento considerável de acidente de moto, e num acidente só, cinco pessoas se machucaram, a gente se preocupa. Vai ter uma hora que a gente não vai conseguir atender nenhum outro paciente. Nós temos sete acidentes de moto por dia. Temos no ano 2.480 acidentes de moto, e os outros acidentes foram 2.100. São mais acidentes de moto, do que outros tipos de acidentes. Quase todos precisam de tomografia, que custa de cinco a dez mil reais. Há pacientes que passam bem mais tempo aqui dentro, que chegam a custar de 30 a 40 mil reais o internamento”, declarou.
José Pitangueira frisou ainda que o uso de álcool é o principal causador dos acidentes com motocicletas.
O coronel Luziel Andrade afirmou que o papel da polícia é fiscalizar e as blitzes são mecanismos de verificação. Embora muitas pessoas se incomodem, a orientação é que os polícias atuem com educação, cortesia e o rigor de segurança e vigilância.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Às vezes, não acontece dessa forma e as pessoas têm uma imagem de toda uma corporação sobre uma ação dessa. As pessoas que porventura forem maltratadas devem procurar a polícia, para identificar e orientar esse policial, porque não estamos para tratar ninguém mal”, comentou.
Luziel Andrade considerou que há um número alto de notificações de trânsito em Feira de Santana. Só o pelotão Asa Branca realizou cerca de seis mil notificações. Juntando com as outras companhias foram dez mil notificações ao total. “Vemos que temos um trânsito onde as pessoas ou são mal educadas ou conduzem mal o veículo. Se as pessoas se policiarem mais no cumprimento dos seus deveres essas notificações serões menores”, afirmou.
O papel da Ciretran, segundo o coordenador do órgão, Silvio Dias, também é de fiscalizar. Na Bahia há um convênio com a Polícia Militar (PM) e inclusive nas ações de fiscalização há o uso do etilômetro.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Temos uma frota imensa, que cresceu muito nos últimos anos, mas quando a gente analisa a frota de motocicleta em particular, tivemos um crescimento maior. Há dez anos tínhamos em torno de 25 mil veículos de duas rodas, hoje já estamos nos aproximando de cem mil, muito acima da média nacional. Temos que analisar nosso transporte público não é acessível a todos, e apenas 14% o utilizam”, concluiu.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade