Rachel Pinto
Eduardo Jesus Evangelista, conhecido como Dudu, suspeito de ter participado do assassinato do policial militar Wagner Silva Araújo, de 27 anos, no dia 16 de junho de 2018, no Bairro São João, em Feira de Santana, foi preso na última terça-feira (27), quando compareceu acompanhado de seu advogado ao Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Além de Eduardo, Ramon dos Reis de Jesus também e um homem conhecido como Javali – que morreu durante confronto com a polícia – também são suspeitos de envolvimento no crime. O PM Wagner foi morto durante a madrugada, quando saía de uma casa de shows e tentou impedir que duas pessoas fossem assaltadas pelos suspeitos.
Prisão preventiva decretada
A última atualização do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) incluiu Eduardo e Ramon. Ao comparecer à delegacia ontem, Eduardo, que estava com a prisão preventiva decretada e por isso ficou preso após o depoimento.
O delegado Roberto Leal, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), disse que as investigações sobre a morte do policial Wagner foram iniciadas e executadas pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) porque o crime se tratava de latrocínio.
“As diligências foram realizadas após o crime, mas infelizmente não houve êxito. Por esse motivo, eles foram colocados no Baralho do Crime. No dia de ontem, o advogado apresentou Eduardo à delegacia de polícia, informando que ele não tinha nenhuma participação e não sabia nem o motivo de ter tido a prisão preventiva decretada. O Baralho do Crime serviu bastante e levou à prisão de um deles. Esperamos que nos próximos dias seja realizada a prisão de Ramon”, destacou.
Segundo Roberto Leal, o Baralho do Crime é uma ferramenta muito importante e pode ser usada de forma bem vasta. Pode ser usada para as diversas formas de crime e o resultado geralmente é rápido. Depois da divulgação das fotos dos suspeitos várias informações e denúncias chegaram à polícia.
Acusado nega o acrime
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
O delegado André Ribeiro, titular da DRFR, ouviu o acusado e disse que ele negou o crime.
“Ele afirmou que conhece os outros acusados, Javali e Ramon, mas nega que teve participação. Ele foi questionado sobre o menor, que a gente já tem conhecimento de que foi o autor do disparo, e ele disse que não conhece o menor. Negou todos os fatos. [Foi um álibi] com certeza porque ele demorou de se apresentar à justiça, mesmo sabendo da acusação. A história está mal contada, está montada”, declarou.
O delegado informou que ele será encaminhado para o Conjunto Penal de Feira de Santana.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.