Saúde

Pacientes reclamam de filas e demora na entrega de medicamentos no NRS em Feira

O coordenador geral do NRS, Edy Gomes, justificou o aumento da demanda no local

Laiane Cruz

Pacientes e familiares que precisam buscar medicamentos no Núcleo Regional de Saúde (NRS) reclamam das longas filas do local e a falta de estrutura para atender à comunidade.

De acordo com morador do bairro SIM Carla Queiroz, que precisa se dirigir ao local mensalmente, para buscar insulina para o filho e o pai, ela leva cerca de duas horas para conseguir pegar o medicamento e lamentou ainda o fato de pessoas transplantadas e com outros problemas de saúde estarem passando pela mesma situação.

“Todo mês é uma fila interminável. Pessoas transplantadas, pacientes diabéticos com neuropatia em pé no sol quente, pacientes que fazem hemodiálise também nessa espera terrível. Antigamente cada clínica fazia sua própria distribuição. A minha sempre foi aqui, mas agora tudo está aqui. Então a demanda é muita para a estrutura”, reclamou.

Para Carla Queiroz, o NRS precisa melhorar a estrutura e aumentar o contingente de funcionários. “Tem que estruturar pras pessoas que estão com o sistema imunológico baixo, com cateter, não ficarem expostas. Teria que ser descentralizado novamente ou mudar a estrutura.”

O coordenador geral do NRS, Edy Gomes, justificou o aumento da demanda no local. Segundo ele, por determinação do Ministério da Saúde a distribuição de medicamentos para os pacientes renais crônicos foi centralizada na sede do núcleo.

“Até este período os medicamentos ficavam nas clínicas onde os pacientes realizam as hemodiálises, mas há 90 dias foi transferido para aqui. A determinação foi devido ao faturamento desses medicamentos para o governo do estado, sem causar nenhum prejuízo para os pacientes. Eles estão cadastrados, cada um com seu prontuário. É feito aqui o atendimento de segunda a sexta-feira no horário comercial sem interrupção”, informou Edy Gomes.

O coordenador do NRS disse ainda que está buscando adequar o espaço para atendimento dos pacientes. “Acredito que nos próximos 30 dias a gente já consiga oferecer um espaço melhor para os pacientes poderem aguardar. A gente não esperava essa determinação do Ministério. Fomos pegos de surpresa, mas temos que cumprir, e a gente está buscando se adequar.”


 

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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