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A ideia inicial da coordenação do Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Feira de Santana era levar atendimento jurídico para a comunidade do bairro Estação Nova, mas o Projeto NPJ vai ao Bairro foi muito além na manhã de sábado (10). Estudantes e professores do curso de Direito deram uma verdadeira aula de solidariedade e compromisso social para os moradores que lotaram as dependências da Escola Professora Helena Assis Suzart.
Foto: Divulgação
O mais importante nesse tipo de ação, segundo a coordenadora do NPJ, professora Emanuelle Moreira, é a possibilidade de aprendizado para o estudante. Mas para que isso aconteça é preciso ter a resposta da comunidade. “Às 7h já tinha pessoas aqui em busca de atendimento”, contou, destacando que os serviços jurídicos foram concentrados nas áreas de pensão alimentícia, investigação de paternidade e divórcio.
Também fizeram parte da ação palestra sobre a importância da Lei Maria da Penha, realizada pela Polícia Militar; distribuição de cestas básicas; massagem, aferição de pressão arterial e glicemia; corte de cabelo e até pula-pula e brincadeiras lúdicas para as crianças. Além de Direito, participaram das atividades os cursos de Fisioterapia e Educação Física. Cerca de 100 pessoas alunos e professores, estiveram presentes.
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“O NPJ reafirmou que era isso que eu queria”, avaliou a estudante Valci Ribeiro, ressaltando que o evento na Estação Nova “reforça a prática de lidar com as pessoas, ter uma visão diferenciada da comunidade”. Para o aluno Henrique Mendes, há uma carência grande de assistência no que diz respeito ao Direito da Família. “Por isso é tão importante está próximo, ver a realidade, antes de entrar de fato no mercado de trabalho”, observou.
A monitora do evento, Ana Paula Aureliano Cerqueira, trocou a tranquilidade de sábado pela movimentação na Estação Nova e o resultado não poderia ser melhor. Para ela, que já fez intercâmbio internacional sobre Direito Forense e é graduada em Enfermagem, nenhuma outra forma de aprendizado é tão eficiente quanto o contato direto com as pessoas. “É a vivência do dia a dia”, afirmou a estudante, que cursa o 9º semestre.
O professor Cristiano Lôbo, diretor da Rede FTC, aplaudiu a iniciativa do NPJ, com apoio da coordenação do Colegiado de Direito, por meio da professora Geruza Gomes, destacando a importância da Instituição investir em projetos que estimulam o aprendizado também fora da sala de aula, preparando o profissional para atuar no mercado, com competência e responsabilidade social”, conforme ressaltou.
A ação não se limitou a informar sobre questões jurídicas. Quem foi à Escola Professora Helena Assis Suzart teve acesso a dados da Lei Maria da Penha e concorreu a cestas básicas distribuídas pela organização. Mas para algumas pessoas o importante mesmo foi o afago na autoestima. Jorzinei Oliveira, por exemplo, teve um momento raro: fez massagem facial, pintou as unhas e cortou o cabelo com o cabelereiro Valnei Moraes. “Estou linda!”, comemorou.