R$ 39,2 mil

Abaixo-assinado contra aumento de salário do STF já tem 1 milhão de assinaturas

Partido Novo pede que a população use a hashtag #AumentoNão nas redes sociais.

Clara Sasse

Otem (8), um dia após senadores aprovarem o reajuste de 16% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o partido Novo criou um abaixo-assinado na internet para pressionar o presidente Michel Temer a vetar o aumento.

A petição chegou a mais de um milhão de assinaturas em menos de um dia. Caso seja sancionada, a remuneração dos ministros passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O partido Novo pede também que a população use a hashtag #AumentoNão nas redes sociais.

A sigla classificou a decisão do Senado Federal como reflexo da “velha política”. Disse ainda que o momento é de “responsabilidade fiscal” e lembrou que a medida amplia o teto constitucional. Na prática, isso significa que os parlamentares conseguem aumentar os próprios salários e de outras cargos públicos.

Apesar de a matéria ter sido aprovada por 41 votos a 16, parlamentares criticaram o reajuste em tempos de corte de despesas. O senador Reguffe (DF) afirmou que a medida vai endividar, ainda mais, os brasileiros.

“Isso vai gerar um efeito cascata, isso vai onerar o contribuinte brasileiro. Não dá para se pensar, nesse momento, em se aumentar salário de ministro do Supremo Tribunal Federal”.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), que também votou contra a proposta, ressaltou que outros órgãos e repartições públicas terão respaldo para aumentar seus salários.

“Isso vai ter impacto sobre os salários dos deputados federais, dos senadores, dos deputados estaduais e dos vereadores de todo o país. Essa é a grande questão”. O reajuste ainda precisa da sanção presidencial. Michel Temer tem o poder de vetar a proposta, mas não deve voltar atrás na decisão dos senadores.

Os senadores baianos Otto Alencar e Walter Pinheiro votaram a favor do aumento. Lídice da Mata votou contra.

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