Daniela Cardoso
Estudantes da Escola Estadual Maria Quitéria realizaram mais uma manifestação na manhã desta quinta-feira (8) contra o fechamento da unidade escolar, em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE). Outra manifestação havia sido realizada em frente ao colégio na última segunda (5). O professor Samuel Primo destacou que os professores não poderiam ficar de fora do protesto e falou sobre os prejuízos que a comunidade irá sofrer, caso a escola realmente venha a ser fechada.
“O fechamento das escolas afeta toda a comunidade escolar, alunos, professores, servidores. Todos serão impactados na rotina e vai complicar a logística da locomoção dos alunos. A escola Maria Quitéria oferece uma localização excelente e boa parte dos pais dos alunos trabalham próximo. Às vezes, os alunos deixam de ir à escola por uma dificuldade orçamentária das famílias e a localização aqui facilita esse acesso. Vai haver uma problemática envolvendo as famílias no processo de relocação dos filhos em outras unidades escolares”, analisou.
O professor Samuel, que trabalha na unidade escolar há 15 anos, afirmou que os professores também serão impactados com o fechamento da escola.
“Criamos um vínculo com a escola, conhecemos os alunos, que não são números, são pessoas. Esse é um dos fatos que leva à procura grande das famílias por essa escola. Além disso, tem um contingente de professores que vai ficar vagando. Pra onde eles vão? Também temos toda uma logística de deslocamento, nem todos dispõem de transporte próprio”, destacou.
APLB organiza manifestação para a próxima terça
A diretora da APLB-Feira, professora Marlede Oliveira, informou que na próxima terça (13) uma "grande manifestação" será realizada contra o fechamento das escolas estaduais em Feira de Santana.
“Vamos dizer que não aceitamos o fechamento das escolas. Além da Maria Quitéria outras escolas serão fechadas, mas a nossa argumentação é que o governo precisa sentar com o município para resolver. Tenho cobrado isso. Não vamos aceitar o fechamento dessas escolas, só se fecha uma escola quando não tem alunos, não entendemos por que esses governantes não sentam para dialogar sobre a educação”, afirmou.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade