Acorda Cidade
Uma sessão ao ar livre, na Praça da Aclamação, marca a abertura do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema em Cachoeira, neste domingo (11), às 19h. Os filmes exibidos serão o longa-metragem Bando, um filme de, documentário sobre o Bando de Teatro Olodum, dirigido por Lázaro Ramos e Thiago Gomes; e o curta Sarau da Onça – A poesia de quebrada, de Vinicius Eliziário.
Uma mostra competitiva exclusiva para a cidade do Recôncavo é a grande novidade desta edição do festival, que acontece até o dia 17, no Cine Theatro Cachoeirano, sempre com acesso gratuito. Ao longo do Panorama serão exibidos mais de 40 filmes selecionados pela cineasta Camila Gregório, que afirma ter pensado em obras “que pudessem criar diálogo com a cidade e com as temáticas discutidas por seus moradores”.
Entre os longas escolhidos, dois são baianos: Ilha, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, e Orin: Música para os Orixás, de Henrique Duarte. Premiado no último Festival de Brasília, o primeiro mostra um jovem da periferia que sequestra um cineasta para filmar sua história. No segundo, o diretor mostra a influência das músicas dos terreiros de candomblé na formação da música popular brasileira.
Ganhador do Teddy Bear no último Festival de Berlim, Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, traz a trajetória da cantora negra e transexual Linn da Quebrada. Uma mulher trans também protagoniza o documentário Fabiana, que acompanha a última viagem de uma caminhoneira antes da aposentadoria. A seleção de longas se completa com o pernambucano Azougue Nazaré, de Tiago Melo, premiado no Festival de Roterdã; e a produção mineira Luna, de Cris Azzi.
Muitos dos filmes em competição serão exibidos em diferentes mostras da edição soteropolitana do Panorama, mas alguns curtas foram selecionados exclusivamente para Cachoeira. É o caso de A Vida é Pra Valer, de Marvin Pereira, produção baiana baseada na música Marvin dos Titãs; do pernambucano Conte Isso Àqueles que Dizem Que Fomos Derrotados (Pedro Maia de Brito) e das produções paulistas Menina Seta (Camila Tarifa) e Liberdade (Pedro Nishi e Vinícius Silva).
O festival é uma realização da produtora Coisa de Cinema e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e sua Secretaria do Audiovisual; e conta com patrocínio da Ancine, do Fundo Setorial do Audiovisual e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul; além do apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, via Fundo de Cultura.