O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), usou as redes sociais para reafirmar a posição de independência do partido em relação ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. “O partido não está conversando e não vai conversar com o novo governo sobre cargos”, disse Jucá no Twitter. E completou: “O MDB vai se posicionar pela democracia e pelas liberdades individuais e coletivas”. Nesta quarta-feira (7), o MDB lançou o documento O Caminho do Futuro, que faz um balanço das medidas tomadas pelo governo do presidente Michel Temer, critica o PT e aponta estratégias de desenvolvimento para o país. O documento afirma que “a economia brasileira hoje é muito diferente da que encontramos em 2016”, quando Temer assumiu o Palácio do Planalto. De acordo com o documento, após o país ter superado a recessão de 2017, a expectativa é de que em 2018 “o crescimento estará em volta de 1,4%, ainda muito abaixo do atual potencial da economia”. Para 2019 projeta um crescimento superior a 2,5% e, para isso, destaca que o país tem inflação e juros baixos, além de um plano de ajuste fiscal. A principal tarefa do país, segundo o MDB, é recuperar os postos de trabalho perdidos e criar novos empregos para os jovens que entram no mercado. O texto destaca também que o governo atual tomou medidas para gerar empregos, através da reforma trabalhista. O Caminho do Futuro cita ainda a necessidade de aprovação da reforma da Previdência e da redução dos custos com o funcionalismo público, sob o argumento de que as despesas obrigatórias representam 75% dos gastos da União. Para o MDB, o governo Temer evitou “o abismo para onde caminhávamos” e iniciou a reversão da trajetória da economia. “Este é um legado que pertence à nação e que não pode ser desperdiçado. Não fomos tão longe quanto pretendíamos”, afirma o documento, citando como obstáculos a desorganização do sistema político e algumas intervenções do Judiciário. Ao avaliar as eleições de outubro, o MDB critica o antigo aliado: “O resultado das eleições mostrou que a sociedade rejeitou quem se propôs a retroceder e fazer o caminho de volta ao passado. Foi, entre outras coisas, um claro veredicto sobre as políticas econômicas da era PT”. Segundo Jucá, o documento confirma a posição de independência do MDB em relação ao novo governo. “Isso não é neutralidade, mas defender o que acreditamos”, argumentou o senador, que não foi reeleito. Jucá disse ainda que o MDB, como maior bancada no Senado, vai trabalhar para eleger o futuro presidente da Casa. “Não seremos caudatário de ninguém”, afirmou. Segundo Jucá, o nome do candidato será definido em meados de janeiro. As informações são da Agência Brasil.
Política
Jucá diz que MDB não está negociando cargos com Bolsonaro
“O partido não está conversando e não vai conversar com o novo governo sobre cargos”, disse Jucá no Twitter.
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