Rachel Pinto
Com a determinação da lei federal para que as escolas estaduais deixem de oferecer o ensino fundamental, com encerramento gradativo das séries iniciais, a Escola Estadual Edith Mendes da Gama e Abreu, localizada no bairro Brasília, em Feira de Santana, também pode encerrar as suas atividades na cidade.
Os pais e alunos estão preocupados com essa situação e protestando pra que essa decisão seja repensada pela Secretaria Estadual de Educação. Na tarde de segunda-feira (5), alguns alunos fizeram uma manifestação em frente à unidade de ensino e deram as mãos simbolizando um gesto de proteção à escola. Também circula nas redes sociais o abaixo-assinado “Salve o Edith Gama”.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Na noite de ontem, os pais participaram de uma reunião para discutir sobre o encerramento das atividades da escola.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Zuleide Vieira, que tem duas filhas estudando na Escola Estadual Edith Gama, contou que está preocupada com a possibilidade de fechamento da unidade escolar. Ela disse que lamenta muito esse fato e não sabe qual será o destino dos alunos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Estou achando uma péssima ideia e como é que vai fechar um prédio que tem mais de 40 anos? Que tem uma a educação excelente que já reabilitou vários adolescentes aqui nesse bairro? E o que vamos fazer com nossas crianças? Qual é futuro que o governo quer para as nossas crianças sendo que vai fechar um colégio excelente? Nós pais estamos de mãos atadas e surpresos. Eu, como mãe de aluna, como ex-estudante daqui do colégio Edith Gama, estou totalmente triste e quero reivindicar de qualquer maneira porque esse colégio não pode fechar”, declarou.
Segundo Zuleide, a ideia de encerrar as atividades da Escola Estadual Edith Gama nunca foi discutida com os pais de alunos.
Jane Luiza Sales, que mora no bairro Irmã Dulce, afirmou que seus filhos já passaram pela escola e atualmente seus sobrinhos são estudantes da instituição. Ela salientou que também passou pela escola e a possibilidade de encerramento das atividades assusta os moradores do bairro.
De acordo com Jane, a escola tem um excelente ensino, oferece o método integral e isso tranquiliza bastante os pais.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O colégio tem muitas vantagens e aqui perto não tem outros com as mesmas condições. Os pais podem sair para trabalhar e sabem que seus filhos estão em segurança e acessando uma educação de qualidade. Se o colégio fechar para onde vão nossas crianças?”, questionou.
A diretora da Escola Estadual Edith Gama, Lisandra Almeid,a explicou que não haverá o fechamento da escola e sim uma fusão entre o Edith Gama e o Colégio Estadual Santo Antônio (Ecassa). Com essa mudança acabaria o regime de ensino integral.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“A proposta é que aqui seria só o ensino médio, que hoje nós somos educação integral, temos uma clientela de ensino fundamental 2 e médio no qual nós atendemos essa clientela em regime de educação integral, e os mesmos alunos que estudam de manhã estudam à tarde e têm café da manhã, merenda e almoço. Então é uma proposta diferenciada da educação integral. É por isso que a comunidade não quer que acabe a educação integral em nossa escola. Há alunos que residem no bairro Irmã Dulce e também em outros bairros. Temos alunos de vários bairros daqui da cidade como Subaé, Tomba, Mangabeira e as famílias que saem para trabalhar e deixam os seus filhos aqui na escola", finalizou
A diretora informou que a escola tem atualmente 198 alunos que frequentam a educação integral.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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