A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais de domingo (28) repercutiu na imprensa internacional. O tradicional jornal americano “New York Times” diz em sua primeira página que “Jair Bolsonaro, populista de extrema-direita, é eleito presidente do Brasil”. A publicação ressalta que, após eleger dirigentes esquerdistas em quatro eleições seguidas, os brasileiros optaram por um novo rumo radical para a maior nação da América Latina. O “Wall Street Journal”, também dos EUA, seguiu a linha de seu concorrente e afirmou que um “populista de extrema-direita ganha eleição presidencial no Brasil”. O jornal relata que a eleição pôs fim a uma das campanhas mais turbulentas da história recente do Brasil e lembrou que Bolsonaro defendeu o período de ditadura militar, mas prometeu abrir as portas para uma nova era de ordem e progresso.
O jornal espanhol "El Mundo" noticiou que o Brasil polarizado durante as eleições escolheu dar a presidência a um "ultradireitista" em "suas eleições mais importantes dos últimos trinta anos". E escreveu: "os brasileiros endossaram nas urnas ao candidato do PSL, de perfil autoritário, neoliberal, que flerta com o militarismo". O francês “Le Monde” deu destaque à eleição brasileira e enfatizou que o "presidente eleito Jair Bolsonaro promete ‘mudar o destino’ do país'”. O jornal ainda classificou o militar como "candidato antissistema" e listou preocupações com segurança e corrupção como principais razões para a vitória de Bolsonaro. O jornal ‘La Repubblica’, da Itália, publicou uma reportagem especial em que anuncia a vitória de Bolsonaro e deu ênfase na matéria que o novo presidente prometeu entregar à justiça italiana Cesare Battisti. O jornal também anuncia que o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, cumprimentou Bolsonaro e lhe desejou um bom trabalho. Bolsonaro foi eleito neste domingo (28) com 55% dos votos do eleitorado. O novo presidente toma posse no dia 1º de janeiro do ano que vem.