Bahia

MP denuncia esquema criminoso na Ciretran de Juazeiro

Cerca de 19 motocicletas chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400.

Acorda Cidade

Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público estadual por fazerem parte de um esquema montado na 8ª Circunscrição de Trânsito (Ciretran), em Juazeiro. Segundo o MP, o esquema consistia na liberação de documentos falsos, subtração, venda e receptação de veículos depositados no pátio do órgão.

A denúncia foi oferecida à Justiça na última quinta-feira (25) pelos promotores de Justiça Márcio Henrique de Oliveira, Raimundo Moinhos e Roberta Masunari, e decorre de operação conjunta realizada pelo MP e a Polícia Civil realizada em 11 de outubro.

Na ocasião, segundo o Ministério Público, foram presos preventivamente o coordenador da 8ª Ciretran, Ítalo José dos Santos Souza e o supervisor de inspeção do órgão, Jair dos Santos Santana.

Os dois foram denunciados por formação de organização criminosa e corrupção passiva, junto com dois despachantes; um funcionário público e motorista, que quatro também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas se encontram foragidos. Um marceneiro, um chaveiro e um comerciante foram denunciados por crime de receptação, porque adquiriram os veículos com conhecimento de que a compra era produto de um crime.

Conforme a denúncia, o coordenador do órgão é apontado como comandante da organização criminosa, que contava com a atuação de despachantes para obter vantagem patrimonial indevida, por meio da subtração de automóveis do interior do próprio órgão e da emissão de documentos públicos falsificados, cobrando valores em troca dos veículos.

Cerca de 19 motocicletas chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400. Segundo a denúncia, um veículo também foi negociado ilegalmente pela organização criminosa pelo valor de R$ 2 mil. Coordenador e supervisos também foram denunciados por peculato, falsificação de documentos públicos e por inserir dados falsos em sistema de informações.
 

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