Política

PF faz apreensões no Rio em inquérito sobre ameaça a ministros do STF

No vídeo de 29 minutos, Carlos Alves se refere à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, como “salafrária e corrupta”.

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Agência Brasil – A Polícia Federal realizou ontem (26), no Rio de Janeiro, a apreensão de computadores e aparelhos celulares no âmbito do inquérito aberto para investigar ameaças divulgadas em vídeo na internet contra ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.

Com autorização da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão em endereço que não foi divulgado. Na quarta-feira (24), a PF instaurou inquérito para investigar as ameaças feitas por vídeo publicado no YouTube pelo coronel da reserva do Exército Carlos Alves.

No vídeo de 29 minutos, Carlos Alves se refere à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, como “salafrária e corrupta”, além de criticar e fazer ameaças a outros ministros do Supremo Tribunal Federal, caso dê andamento a ação que possa resultar em cassação do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Em outra manifestação, o militar da reserva atacou o ministro Gilmar Mendes.

A Polícia Federal também conseguiu da Justiça Federal o monitoramento eletrônico do investigado, a proibição de andar armado e ainda de manter arma em casa. Além disso, o oficial da reserva está impedido de deslocar-se à Brasília e ainda deve se manter a pelo menos 5 quilômetros de todos os ministros do STF, do TSE e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

O Supremo também havia pedido à Procuradoria-Geral da República que abrisse investigação sobre os ataques. De acordo com a Polícia Federal, o militar poderá responder na Justiça pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal e ameaça, além dos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.

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